Dos 15 aos 79 anos: Orquestra Sanfônica une diferentes gerações e mantém tradição sertaneja


No Dia do Sertanejo, celebrado neste sábado (3), conheça o grupo de repertório versátil e nostálgico de música raiz de Pirassununga, no interior de São Paulo. Orquestra Sanfônica une diferentes gerações e mantém tradição sertaneja no interior de SP
Unindo tradição cultural, folclórica e músicos de diferentes gerações, acordeonistas de Pirassununga (SP) encantam os ouvintes com repertório versátil que mantêm viva a cultura sertaneja. São músicas de outras décadas que continuam fazendo a cabeça de instrumentistas de todas as idades, e do público também. (confira acima o vídeo com uma apresentação exclusiva feita para o g1).
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No Dia do Sertanejo, comemorado neste sábado (3), o g1 traz a história da Orquestra Sanfônica de Pirassununga (OSP) que há sete anos toca música “raíz” no interior paulista.
A orquestra é conduzida por Rosinei Maria Rozin, de 60 anos, sanfoneira e professora de música que há 40 anos se dedica a ensinar o instrumento no Conservatório Cacilda Becker.
“Sempre foi meu sonho formar um grupo de acordeonistas, e conseguimos montar a orquestra com muita alegria e satisfação. Estamos com 18 integrantes de várias idades que mantém acesa a tradição musical”, disse.
Os integrantes são moradores de cidades da região, como Santa Rita do Passa Quatro, Porto Ferreira e até Ribeirão Preto.
Gerações de sanfoneiras: Rosinei (esq), Sophia e Meire são integrantes da Orquestra Sanfônica de Pirassununga
Arquivo pessoal
Gerações
A arcodeonista Meire Genaro, de 79 anos, integra o grupo desde o início e comentou que a OSP é motivo de orgulho para todos. Para ela, a música é reflexo do sentimento e a faz sentir jovem.
“Sou a mais idosa e me sinto feliz e jovem como seus integrantes. A música alegra a alma de quem assiste, e espero que a gente continue com esse instrumento próximo ao nosso coração expressando o nosso sentimento”, contou.
Dona Meira mora em Ribeirão Preto (SP) e sempre que pode vai para Pirassununga fazer uma das coisas que mais gosta: tocar sanfona. Ela é professora de acordeon e foi uma das professoras de Rosinei. Ainda menina conheceu o instrumento incentivada pelo pai.
“Comecei a tocar aos 11 anos, deixei de tocar aos 20 anos, voltei aos 40 anos e não parei mais. Meu pai me incentivou a tocar, gosto de tocar música popular e erudita, na orquestra toco também populares, sertanejas e folclóricas, e agradamos muita gente”, comentou.
A estudante Sophia Carvalho Corrêa, de 15 anos, é a integrante mais nova e está no projeto há três anos. A jovem é apaixonada pelo instrumento e música regional, e incentiva outros a ingressarem na orquestra.
“Comecei no conservatório aos 12 anos e logo ingressei no projeto. A gente toca para um público que tem a paixão pela música regional, sanfona e tradições. Para tocar na orquestra é necessário ter boa vontade, amor pela cultura e interesse em aprender esse instrumento que é maravilhoso”, disse.
A professora de acordeon Rosinei Rozin conduz a Orquestra Sanfônica de Pirassununga
Arquivo pessoal
A sanfoneira Rosinei comentou que o grupo é bem eclético e têm alunos que estão começando e outros mais experientes, até os que tocam “de ouvido”.
“Temos alunos mais adiantados, iniciantes, outros que são conhecidos e amigos que tocam em bailes, que tocam de ouvido, e participam também. Professores e músicos também tocam o instrumento com a gente em eventos mais importantes que convidamos”, finalizou Rosi.
O grupo costuma se apresentar em praças da cidade e região, teatros municipais e em eventos particulares. As próximas datas e apresentações da OSP podem ser acompanhadas em posts no Facebook.
OSP faz um resgate da cultura sertaneja e folclórica em Pirassununga
Arquivo pessoal
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Resgate musical
Segundo a professora de música Gilvana Ciscato, de 55 anos, o repertório da OSP procura resgatar o som típico do acordeon.
Ela entrou na orquestra em 2023 e também ensina o instrumento em Santa Rita do Passa Quatro.
“A primeira apresentação que fiz foi em 2023 com uma homenagem ao compositor Zequinha de Abreu. A gente procura resgatar o repertório típico do acordeon, que vai do sertanejo raiz, a tradição folclórica e popular, a tangos, bolero entre outros”, contou.
A diretora do conservatório Cacilda Becker, Érika Barboza dos Santos, participa do grupo e comentou que o maior legado deles é manter a tradição musical.
“A orquestra é nosso tesouro e mantém uma tradição cultural e musical, afinal de contas a sanfona é um instrumento antigo. Cada acorde é uma homenagem a nossa história”, disse.
Mulheres são presença constante na Orquestra Sanfônica de Pirassununga
Arquivo pessoal
Como participar?
Os ensaios da OSP acontecem no Conservatório Cacilda Becker em Pirassununga e são gratuitos.Para participar, a pessoa deve ter no mínimo 14 anos e ter o acordeon.
As vagas são para o 2º semestre, e as aulas acontecem duas vezes por semana. A duração do curso é de cinco meses ( 5 módulos). O projeto oferece todo o material e lanche para os alunos. Outras informações pelo número (19) 19 99719-5722 (Rosi).
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