
Na quinta-feira (10), a ministra das Relações Institucionais disse ser “defensável do ponto de vista de alguns parlamentares” discutir anistia ou redução de pena para alguns envolvidos no 8 de janeiro. Ao blog, a ministra admite que suas palavras foram mal colocadas. Gleisi Hoffmann durante cerimônia com Lula em 25 de fevereiro de 2025
Ton Molina/FotoArena/Estadão Conteúdo
Na manhã desta sexta-feira (11), após a reação negativa, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), afirmou ao blog que fez uma fala mal colocada sobre a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 e que não cabe ao Legislativo revisar a pena de condenados.
“O que eu quis dizer é que cabe ao Congresso fazer a mediação com o Judiciário das questões envolvendo o 8/1 dessas reclamações que parlamentares estão fazendo sobre penas elevadas. Conversar, sim, cabe ao Congresso. Mas revisar pena é Judiciário”, afirmou. “Não tem anistia nenhuma, como quer Bolsonaro.”
A ministra reafirmou que é contra o projeto da anistia, por considerar que ele visa à “impunidade de Bolsonaro e dos comandantes do golpe”.
“São eles que manipulam a questão das penas para confundir a população e encobrir o objetivo de não pagar pelos crimes que cometeram contra a democracia”, disse.
No entanto, nesta quinta (10), Hoffmann havia dito que anistia ou mediação de pena era “defensável do ponto de vista de alguns parlamentares”, o que revoltou alguns magistrados do STF.
“Quero deixar claro que eventuais revisões de pena aos réus do 8 de Janeiro cabem única e exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal, que conduz os processos. Entendo sim que esse debate pode e deve ser feito na sociedade, inclusive no Congresso, como já vem acontecendo de fato, mas sem interferir na autonomia do Poder Judiciário”, completou.
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