Justiça realiza audiência de suspeitas de matar empresário envenenado com ‘brigadeirão’

Júlia Cathermol era namorada da vítima, e Suyany é apontada como mentora do crime. Elas estão presas desde o ano passado e respondem por homicídio. O Tribunal de Justiça do Rio retomou, por volta das 11h desta segunda-feira (19), a audiência de instrução e julgamento contra Júlia Andrade Cathermol Pimenta e Suyany Breschak, rés pela morte do empresário Luiz Marcelo Ormond.
A audiência, que começou no dia 7 de abril, foi remarcada duas vezes. A primeira foi porque as rés não compareceram por um problema no transporte. O delegado responsável pelo caso foi a única testemunha ouvida.
No dia 9 do mês passado a audiência precisou ser novamente remarcada devido a um problema de saúde da advogada de Júlia.
As duas são acusadas de matar o empresário, em maio de 2024, com um brigadeirão envenenado. Júlia era namorada do empresário, e Suyany é apontada como mentora do crime. Elas estão presas desde o ano passado e respondem por homicídio.
As defesas das duas negam o crime. Advogados chegaram a tentar pedir que o corpo do empresário fosse exumado. O objetivo era provar que Ormond não foi envenenado.
Briga entre defesas
Durante a primeira audiência, a defesa de Suyany afirmou que quer acesso à íntegra dos dados telemáticos dos telefones das duas rés para poder analisar o conteúdo extraído dos celulares das duas rés.
O objetivo, segundo o advogado Cláudio Dalledone, é provar que Júlia agiu sozinha para matar Luis Maurício Ormond:
“Ali está revelado toda a verdade, excluindo Suyany do homicídio, do mando do homicídio. Vou enfrentar com acareações. Se elas estão se acusando, dentro do processo elas (Júlia e Suyany) têm que esclarecer”, afirmou Dalledone.
A defesa de Júlia quer que o processo seja mantido com as provas que já estão nos autos, sob risco de demora para que o caso seja levado a júri. Ela inclusive pediu que Julia e Suyany sejam julgadas em processos separados:
“Nós pedimos o desmembramento, para que não haja mais demora nesse processo. Caso não desmembre, não se pode prever quanto tempo elas vão ficar presas aguardando o reinício da instrução criminal. Então, a gente pede que ela aguarde com tornozeleira, com medidas cautelares, domiciliares”, afirmou a advogada Flávia Fróes, que representa a defesa de Julia Pimenta.
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