Israel x Irã: Netanyahu diz não descartar matar o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei


O Irã pediu ao Catar, Omã e Arábia Saudita que tentem convencer Donald Trump a pressionar Israel por um cessar-fogo imediato. Israel e Irã intensificam bombardeios no quarto dia de guerra
Israel e Irã intensificaram os bombardeios no quarto dia de ataques no Oriente Médio. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta segunda-feira (16) que não descarta matar o líder supremo do Irã.
A apresentadora da TV estatal iraniana descrevia ao vivo o bombardeio desta segunda-feira (16) a Teerã, até que uma explosão a obrigou a interromper o noticiário para se proteger. O ministro da Defesa de Israel comentou que estava destruindo “o megafone da propaganda iraniana” e disse que o prédio abrigava um centro de comando militar, entre as instalações civis. O Irã respondeu que vai alvejar TVs israelenses em breve.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, começou a atacar o Irã na madrugada da sexta-feira (13), prometendo acabar com as ambições nucleares de Teerã, que, segundo ele, representam uma ameaça existencial ao seu país.
Do lado iraniano, os principais alvos foram as instalações nucleares de Natanz, Tabriz e Isfahan. Em Mashhad, a 2,3 mil km de Israel, um aeroporto da cidade com uma base aérea militar. Na capital, Teerã, foram múltiplos ataques a prédios como o Ministério da Defesa e o das Relações Exteriores. O Irã diz que mais de 200 pessoas morreram.
Israel x Irã: Netanyahu diz não descartar matar o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei
Jornal Nacional/ Reprodução
Nesta segunda-feira (16), Netanyahu anunciou que domina os céus da capital iraniana e que está próximo de dois objetivos: acabar com os mísseis e com a ameaça nuclear do Irã. Segundo o primeiro-ministro, já foram eliminados dez cientistas nucleares. As forças de Israel informaram que mais de um terço de todos os lançadores de mísseis do Irã foram destruídos.
Nesta segunda-feira (16), Israel mandou avisos para que as pessoas se retirassem dos lugares que seriam bombardeados em Teerã. Além das estações de metrô, o Ministério da Educação iraniano designou as escolas como abrigos antiaéreos.
O líder supremo Ali Khamenei, que teria se protegido em um bunker, está na mira de Israel. Netanyahu disse que a morte dele poria fim à guerra.
Em território israelense, também se paga um preço alto. Muitos mísseis foram interceptados, mas outros atingiram áreas residenciais na região de Tel Aviv, cidade mais populosa do país. Outro ataque acertou a maior refinaria de petróleo de Israel – que fica no norte, na cidade de Haifa. Segundo o governo israelense, 24 pessoas morreram.
Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento em que Petah Tikva foi atingida. Quatro pessoas morreram no ataque. Outros mísseis caíram na região central de Israel, em Tel Aviv, e na cidade portuária de Haifa antes do amanhecer, matando pelo menos oito pessoas.
Mísseis balísticos iranianos têm causado mais danos em Israel
Jornal Nacional/ Reprodução
Segundo especialistas, os mísseis balísticos iranianos têm causado mais danos em Israel porque são mais difíceis de interceptar pelas defesas antiaéreas. Os mísseis balísticos têm menor precisão do que os mísseis de cruzeiro, mas, na trajetória de descida, atingem velocidades muito mais altas.
O Irã pediu ao Catar, Omã e Arábia Saudita que tentem convencer Donald Trump para que pressione Israel por um cessar-fogo imediato. O ministro de Relações Exteriores iraniano acredita que bastaria um telefonema de Donald Trump para conter Netanyahu.
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