Após morte de passageira, voos de balões são retomados em Boituva


Empresa responsável pelo serviço não se manifestou sobre o acidente do último domingo (15), em Capela do Alto (SP). Na ocasião, uma mulher de 27 anos morreu e 11 pessoas ficaram feridas. Balão com 35 pessoas caiu em Capela do Alto (SP) no domingo (15)
Gersinho Rádio e TV/Reprodução
Os voos de balões voltaram a ser realizados em Boituva (SP), nesta quinta-feira (19), quatro dias depois do acidente que causou a morte de uma passageira e deixou 11 pessoas feridas em Capela do Alto (SP).
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A TV TEM entrou em contato com quatro empresas que possuem autorização para realizar este tipo de serviço em Boituva. Duas delas disseram que clientes que haviam agendado voos neste feriado e no próximo fim de semana cancelaram as reservas depois do acidente.
Além disso, a Prefeitura de Boituva informou que o site de turismo da cidade passa por uma atualização e que, em breve, os turistas poderão acessá-lo para consultar empresas licenciadas para realizar voos de balão no município. No entanto, até que a atualização seja concluída, a pasta orienta que turistas solicitem certificações para as empresas que planejam contratar, principalmente documentação de vistoria do balão e habilitação do piloto.
Relembre o acidente
Segundo a Polícia Militar, o balão transportava 35 passageiros e havia saído de Boituva. O balão chegou a bater duas vezes contra o solo antes de cair e parar de vez. Testemunhas contaram que essas colisões provocaram a queda de quatro pessoas do balão. Os feridos foram levados para o pronto-socorro de Capela do Alto e para o Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), mas já receberam alta.
A mulher que morreu foi identificada como Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos. Ela estava no passeio com o marido, Leandro de Aquino Pereira, com quem comemorava o Dia dos Namorados. Era psicóloga e natural de Pouso Alegre (MG).
A psicóloga Juliana Alves Prado Pereira morreu em queda de balão em Capela do Alto (SP), quando comemorava o Dia dos Namorados com o marido
Letícia Paris/TV Tem e reprodução redes sociais
O piloto do balão, Fabio Salvador Pereira, que trabalha para a Aventurar, empresa que já havia sido lacrada anteriormente, mas reabriu com outro CNPJ para continuar funcionando, foi levado à delegacia para prestar depoimento e foi preso por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo. Ele teve a prisão convertida em preventiva e estava com a documentação irregular, além de ter licença apenas para voos particulares, informou a polícia.
Fabio vai responder por homicídio culposo agravado e atividade irregular de balonismo. A polícia não informou se também investiga a empresa, que não retornou os contatos da reportagem para se posicionar.
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Em nota, a Confederação Brasileira de Balonismo informou que “esse balão não faz parte do nosso corpo de atletas do balonismo de Boituva. Esse balão não tem documento, essa empresa, a prefeitura já fechou ela algumas vezes e ela torna clandestinamente”.
Durante o fim de semana do acidente, um campeonato de balonismo foi realizado em Boituva, mas a confederação relatou que o balão que caiu não tem relação com o evento e que, por causa do clima, profissionais que participavam deste evento cancelaram todas as saídas na manhã e tarde do domingo. A orientação para os baloeiros que fazem voos turísticos é para que também cancelem as atividades em dias com o tempo instável.
A redação tentou contato com a empresa responsável pelo serviço, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Balão que transportava 33 passageiros caiu em uma área rural de Capela do Alto, a cerca de 25 quilômetros de Boituva (SP), de onde saiu. Uma mulher morreu.
Letícia Paris/TV TEM
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