O que se sabe sobre o caso dos golpes com perfis falsos de hotéis e pousadas no litoral do Piauí


A ação cumpriu 66 mandados judiciais, entre prisões temporárias e buscas e apreensões, nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Preso confessa ter usado perfis falsos de hotéis e pousadas para aplicar golpes
Suspeitos de aplicar golpes cibernéticos por meio de perfis falsos de hotéis e pousadas no litoral do Piauí foram presos em São Paulo, na quinta-feira (26), na Operação Falso Check-In, da Polícia Civil do Piauí.
A ação cumpriu 66 mandados judiciais, entre prisões temporárias e buscas e apreensões, nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
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A investigação foi conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), responsável pelos crimes de estelionato eletrônico e associação criminosa.
Veja, abaixo, o que se sabe e o que falta saber sobre o caso:
Qual o objetivo da operação?
Como o grupo atuava?
Quantos mandados foram expedidos?
Quantas vítimas foram feitas?
Qual foi o prejuízo?
Operação combate criminosos que aplicam golpes usando perfis falsos de hotéis e pousadas no litoral do Piauí
Divulgação/SSP-PI
Qual o objetivo da operação?
O objetivo da Operação Falso Check-In era localizar os suspeitos de envolvimento em esquemas de golpes cibernéticos aplicados por meio de perfis falsos de hotéis e pousadas no litoral piauiense.
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Como o grupo atuava?
Segundo o delegado Humberto Mácola, titular da DRCI, 22 pessoas foram apontadas pela investigação como suspeitos de participação no grupo criminoso. Eles usavam cinco perfis falsos que se passavam por contas oficiais de hotéis e pousadas do Piauí.
Para atrair turistas, divulgavam nos perfis falsos anúncios de hospedagens com valores atrativos e promoções. O delegado destacou que os suspeitos utilizavam uma linguagem típica de recepção dos estabelecimentos para convencer as vítimas.
“Eles divulgavam as promoções no Instagram e as pessoas começavam uma conversa com eles via direct. Posteriormente, eram direcionados até o WhatsApp, onde a negociação oficial acontecia. Muitos até questionavam o motivo da chave pix ser no nome de uma pessoa física, e não de uma empresa, mas os criminosos alegavam que era a conta do dono”, explicou o delegado.
Um dos presos em São Paulo confessou ter utilizado perfis falsos de hotéis e pousadas em redes sociais para aplicar golpes em vítimas (veja no vídeo no topo da reportagem).
Durante o interrogatório, o delegado Kleydson Ferreira, da DRCI, questionou o motivo da prisão, e o suspeito respondeu afirmativamente: “Sim, foi pelo golpe do Instagram”.
Ao ser questionado se era o golpe da pousada, o homem confirmou: “Isso”. O suspeito admitiu ainda que gerenciava um dos perfis usados para aplicar os golpes, mas afirmou que havia outros perfis administrados por terceiros: “Eu gerenciava um, mas outros não. Não sei quem era”.
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Quantos mandados foram expedidos?
Conforme a DRCI, 66 mandados judiciais, entre prisões temporárias e buscas e apreensões, foram expedidos pela Central de Inquéritos de Teresina, direcionados aos estados de São Paulo e Minas Gerais. Veja os mandados de prisão por cidade e estado:
São Paulo (SP): 14 mandados;
Guarulhos (SP): 3 mandados;
Itapevi (SP): 2 mandados;
Osasco (SP): 1 mandados;
Praia Grande (SP): 1 mandado;
São Sebastião do Paraíso (MG): 1 mandado.
A prisão em São Sebastião do Paraíso (MG) foi a de uma mulher de 45 anos.
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio de 22 contas bancárias vinculadas a investigados, visando garantir o ressarcimento futuro às vítimas dos golpes.
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Quantas vítimas foram feitas?
De acordo com a DRCI, 18 vítimas registraram boletins de ocorrências contra os golpes até o momento, mas, após a divulgação da operação, outras pessoas buscaram a Polícia Civil para denunciar casos semelhantes.
“A investigação continua, pois além das pessoas já identificadas, outras supostas vítimas já procuraram a polícia para denunciar que foram vítimas de golpistas que utilizavam perfis falsos de estabelecimentos do litoral do Piauí”, disse o delegado Mácola.
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Qual foi o prejuízo?
O prejuízo estimado das vítimas ultrapassa R$ 100 mil, mas, segundo o delegado, ainda não é possível apontar um valor exato, pois novos turistas lesados pelo grupo continuam surgindo.
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