Mais de 20 ônibus foram atacados na Grande SP nas últimas 24 horas; VÍDEOS


Em um dos casos, ocorrido na Zona Sul da capital, passageira foi atingida por uma pedra e quebrou o nariz. O Sindicato dos Motoristas de São Paulo pediu uma reunião urgente com a SSP para tratar do problema e cobrar medidas de segurança. Mais sete ônibus atacados na grande São Paulo
Mais de 20 ônibus coletivos foram atacados na Grande São Paulo nas últimas 24 horas. A maioria dos casos aconteceu na Zona Sul da capital e em cidades vizinhas, como Taboão da Serra.
O SP2 teve acesso a um relatório preliminar da Polícia Civil que aponta quais as linhas de investigação e os locais com mais ataques. Os investigadores apuram se os crimes estão ligados à instalação de câmeras nos veículos ou a uma possível retaliação de grupos criminosos.
Um dos casos mais graves ocorreu na Avenida Washington Luís, no Campo Belo, próximo ao Aeroporto de Congonhas. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que uma pedra é arremessada contra o ônibus. O objeto atravessa o vidro da janela e atinge uma passageira. Ela teve o nariz quebrado e foi encaminhada para a UPA da Vila Santa Catarina.
Outra câmera do mesmo veículo mostra um homem de camisa de manga curta e bermuda se aproximando do coletivo e lançando a pedra. O ônibus atingido pertence à empresa Mobi Transporte São Paulo Ltda., que opera linhas na Zona Sul.
Em Taboão da Serra, na região metropolitana, uma empresa teve quatro ônibus apedrejados na terça-feira (1º). Funcionários relataram que apenas os veículos mais novos, com vidros que custam até R$ 1 mil, estão sendo atacados. Ônibus mais antigos, com janelas de menor valor, estariam sendo poupados.
Outra diferença notada em Taboão é o horário dos ataques: eles têm ocorrido à luz do dia, diferentemente do que acontece na capital, onde a maioria dos casos ocorre à noite.
A Polícia Civil trabalha com várias hipóteses. Uma delas é que os ataques seriam uma reação à instalação de câmeras internas nos coletivos, com temor por parte de criminosos de que o sistema esteja sendo usado para reconhecimento facial. No entanto, segundo o gerente operacional de uma das empresas, os equipamentos não têm essa capacidade.
Outra linha de investigação apura uma possível retaliação de criminosos ligados a uma empresa que perdeu o contrato para operar linhas na Zona Sul por supostas conexões com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A Delegacia de Crimes Organizados (Deic) foi acionada para investigar o caso. A polícia também apura se os ataques estão sendo incentivados por grupos em redes sociais.
Procuradas pela TV Globo, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a SPTrans não retornaram contato até a última atualização desta reportagem.
O Sindicato dos Motoristas de São Paulo disse que tem trabalhado para oferecer mais segurança aos operadores do transporte público e também aos passageiros. Também afirmou que pediu uma reunião urgente com a SSP para tratar do problema e cobrar medidas de segurança.
Ônibus é apedrejado na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini.
Fábio Tito/g1
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