Pix é ‘sucesso’ e tarifas é que devem ser resolvidas, diz Alckmin sobre EUA


Alckmin, Alcolumbre e Motta falam sobre tarifaço
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) realizou nesta quarta-feira (16) mais uma rodada de conversas com setores potencialmente afetados pelo tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de 50% sobre produtos brasileiros.
Pela manhã, Alckmin e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), conversou com centrais sindicais e associações. Já à tarde, o ministro se reuniu com a Federação das Indústrias de Santa Catarina e com a Câmara Americana do Comércio para o Brasil (Amcham).
Nessa terça-feira (16), ele recebeu setores ligados ao agronegócio e à indústria.
Em entrevista a jornalistas na terça, Alckmin disse que “a ideia do governo não é pedir que o prazo seja estendido, mas é procurar resolver até o dia 31”. A previsão é de que os novos impostos sejam aplicados em 1º de agosto.
O g1 apurou que o governo brasileiro aposta na negociação e em reforçar o diálogo com representantes americanos para tentar revisar as medidas sem pedir um novo prazo para as tarifas. E acredita que a pressão de empresários do lado americano – como a manifestada pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos nesta terça – pode ajudar a convencer o governo Trump a mudar de ideia.
Participantes da reunião de Alckmin com empresas norte-americanas:
Abrão Neto, presidente da Câmara Americana de Comércio para Brasil (Amcham Brasil);
Fabrizio Sardelli Panzini, Diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Amcham Brasil;
Alexandre Luque, da Johnson & Johnson MedTech Brasil;
Ligia Dutra, da Cargill;
Mariana Orsini, da Brazil Country Leader da Dow;
Gustavo Bonora Biscassi, da Coca-Cola;
Monica Melo, da Sylvamo;
Alfredo Miguel Neto, da John Deere;
Andrea Zámolyi Park, da Caterpillar;
Nayana Rizzo Sampaio, da Amazon Web Services Brasil (AWS);
Pedro Palatnik, da Corteva Agriscience;
Bruno Boldrin Bezerra, da Johnson & Johnson MedTech Brasil;
Daniel Caramori, da General Motors.
Tarifaço
O tarifaço foi informado por Trump em carta enviada a Lula no último dia 9. O presidente americano justificou a aplicação de um imposto de 50% às vendas de produtos brasileiros para os EUA mencionando a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e um suposto déficit no comércio entre os dois países.
Ao justificar a elevação da tarifa sobre o Brasil, Trump citou Jair Bolsonaro (PL) e disse ser “uma vergonha internacional” o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). (veja a íntegra do documento)
Após o anúncio, o presidente Lula afirmou que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e que o aumento unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras será respondido com base na Lei da Reciprocidade Econômica.
No documento, o republicano afirmou, sem provas, que sua decisão de aumentar a taxa sobre o país também foi tomada “devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.
Segundo o documento, a tarifa de 50% será aplicada sobre “todas e quaisquer exportações brasileiras enviadas para os EUA”, separadamente das tarifas setoriais existentes. Produtos como o aço e o alumínio, por exemplo, já enfrentam tarifas de 50%, o que tem impactado diretamente a siderurgia brasileira.
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