
Diego Luiz Passo se entregou na manhã desta terça-feira (15) no posto do Gefron
Diego Luiz Gois Passo, o motorista que atropelou e matpu a assessora jurídica Juliana Chaar Marçal após uma confusão no bar Dibuteco, em Rio Branco, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Acre na tarde desta quarta-feira (16).
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A defesa de Diego havia entrado com um pedido de revogação da prisão temporária, mas a Justiça negou na última sexta (11) e o manteve detido durante a audiência de custódia. A informação foi confirmada ao g1 pela Polícia Civil.
👉 Contexto: Juliana foi atingida por uma caminhonete na madrugada de 21 de junho. A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky Maia, amigo dela. Ele foi preso e liberado durante a audiência de custódia. A servidora morreu horas depois no Pronto-Socorro de Rio Branco.
O motorista se entregou na manhã dessa terça-feira (15) para as equipes do Grupo Especial de Operações em Fronteira (Gefron) e da Polícia Penal durante operação no Bujari, interior do Acre. O advogado do suspeito, Felipe Muñoz, confirmou que o cliente se apresentou voluntariamente no posto do Gefron.
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Vandré Prado, primo de Juliana, disse que a prisão de Diego não traz nenhum sentimento de vitória ou vingança, mas sim esperança de que a justiça seja feita.
“Traz à família e à sociedade a certeza de que, a forma brutal e criminosa como a Juliana foi assassinada, não ficará impune. Isso traz conforto e esperança para seguir”, relatou.
Perícia encontrou arma de uso restrito nas ferragens da caminhonete de Diego Passo
Arquivo/Gefron
A caminhonete usada no acidente foi apreendida também na terça, no bairro Vila Acre, no Segundo Distrito de Rio Branco. A polícia informou que o próprio suspeito informou que o veículo estava escondido na casa de um familiar na zona rural.
Durante a perícia, os policiais encontraram uma pistola 9 milímetros, que é de uso restrito, nas ferragens da caminhonete.
Segundo o delegado Alcino Júnior, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a captura do suspeito deve esclarecer algumas situações do caso. “Essa captura é importante para que a gente consiga produzir as demais informações que são relativas ao caso”, resumiu.
Diego Luiz Gois Passo é considerado suspeito de atropelar a servidora Juliana Chaar
Reprodução
Fuga durante operação
Diego Passo já havia fugido de uma operação policial para capturá-lo no último sábado (12), quando policiais civis prenderam dois familiares dele por posse ilegal de arma de fogo. Uma prima de Diego e o marido dela foram levados para a Delegacia de Flagrantes (Defla). Três armas sem registros foram encontradas no local.
Juliana Chaar chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu e morreu horas depois
Reprodução
Com apoio de um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), equipes da DHPP estiveram em duas propriedades de familiares de Diego na Comunidade Boa Água, zona rural do município do Bujari, interior do Acre, com informações de que ele estava escondido no local. Na sexta (11), a Justiça negou um pedido de prisão domiciliar a Diego.
Ele teve a prisão temporária decretada no dia seguinte a fatalidade, no último dia 22. O fato do motorista ter fugido foragido, inclusive, foi determinante para que o juiz Alesson Braz indeferisse o pedido da defesa.
Polícia Civil apreende três armas durante operação para prender Diego Passo
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