
Músico descobre morte de Ozzy Osbourne enquanto tocava sucesso do cantor no violão
“Eu estou passando por mudanças”. A frase, cantada por Ozzy Osbourne em 1972, compõe parte do sucesso “Changes”, que retrata a dificuldade em se adaptar às memórias e o processo de luto por um ente querido. Para os milhares de fãs do Black Sabbath, o sentimento de dor é voltado ao vocalista da banda, que morreu aos 76 anos nesta terça-feira (22).
Para o músico Paulo Sérgio Gualtieri, de Várzea Paulista (SP), o que parecia ser mais um ensaio corriqueiro durante o intervalo de suas aulas, se tornou uma memória eterna. O professor, que se considera um grande fã do “Príncipe das Trevas”, descobriu sobre a morte do roqueiro enquanto tocava uma de suas canções no violão.
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O momento da descoberta foi registrado por Paulo nas redes sociais. Nas imagens, ele revela que, momentos antes, entoava a canção “Mama, I’m Coming Home”, lançada por Osbourne em 1991, no violão. Assista acima.
“Cara, que loucura. Eu estava com o meu violão aqui, entre aulas, eu estava tocando ‘Mama, I’m Coming Home’. Aí eu entro no WhatsApp e tem essa notícia. Que loucura. Ele cumpriu o que ele falou”, disse nas redes sociais.
Ao g1, Paulo Sérgio comenta que considera Ozzy como “um dos maiores ícones do rock”. O “pai do heavy metal”, como é referenciado pelos amantes do gênero, é responsável por grande parte da influência na carreira do músico.
“Eu curto muito o Black Sabbath e o hard rock em um geral. O que ele fez como vocalista não tem nem o que falar. Como compositor também, o trabalho dele era sem palavras. Todas as pessoas que ele trabalhou e criou projetos, como o Randy Rhoads e o Zakk Wylde, que estava no último show da banda, são sensacionais”, comenta.
Professor Paulo Gualtieri cantando em Jundiaí (SP)
@lucas.dalamarta.photo/Divulgação
Durante a trajetória musical, o intérprete de “No More Tears” dizia que jamais pararia de cantar – exceto quando morresse. Na visão do treinador vocal, de 27 anos, Ozzy Osbourne cumpriu o prometido, já que o artista fez seu último show com o Black Sabbath no início do mês, após três anos sem aparecer publicamente.
“O Ozzy dizia que ele nunca ia parar. Nunca ia parar de cantar, de se apresentar, que ele ia fazer isso até o último dia da vida dele. Isso foi cumprido. Na despedida, ele cantou, emocionou a plateia e usou todas as forças que ele tinha para fazer o que podia. Ele entregou tudo e se despediu”, diz.
FOTOS: relembre a carreira de Ozzy Osbourne
Depois de receber a notícia, Paulo lamentou a morte do músico. Nas redes sociais, ele comentou que “Ozzy morreu fazendo o que mais amava”.
“Ele cantou e criou até o fim. Não dá para deixar de citar a genialidade dele. Existe um rock antes e depois do Black Sabbath. O heavy metal e tudo que veio depois possui uma influência enorme dele e da banda. Infelizmente, nós perdemos um dos maiores ícones da história do rock”, lamenta.
*Colaborou sob supervisão de Gabriela Almeida
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