Sede do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em Belo Horizonte.
TV globo
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ajuizou uma Ação Civil Pública pedindo a exclusão de uma mulher do direito à herança do marido, morto em setembro de 2023, na zona rural de Engenheiro Caldas, no Vale do Rio Doce. A mulher é acusada de ser a mandante do crime e, segundo a Promotoria de Justiça de Tarumirim, teria articulado o homicídio ao lado do amante para manter um relacionamento extraconjugal.
Conforme apurado na ação penal, a mulher atraiu o marido até uma estrada sob o pretexto de visitar uma propriedade à venda. No local, previamente combinado com os comparsas, o casal foi abordado por dois homens. Um deles efetuou diversos disparos contra a vítima, que morreu no local. Os suspeitos simularam um latrocínio para tentar enganar a polícia, levando celulares e um cordão de ouro.
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Na época, a esposa relatou à polícia que os dois haviam sido abordados por criminosos armados enquanto estavam de carro. Segundo ela, os assaltantes mandaram que o casal saísse do veículo, momento em que o marido correu e foi atingido por tiros no tórax, peito e perna. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Dois homens foram presos horas depois e confessaram o crime.
Investigações posteriores da Polícia Civil e do MPMG revelaram que a mulher teria planejado o assassinato com o amante e contratado um terceiro executor em troca de pagamento. O crime foi qualificado por motivo torpe, emboscada, traição e recurso que dificultou a defesa da vítima.
De acordo com o Ministério Público, a ré já foi pronunciada para ser julgada pelo Tribunal do Júri e atualmente está foragida. A promotoria atua no caso com base em dispositivos legais que autorizam a exclusão de herdeiros que atentam contra a vida do autor da herança.
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