
Imagem ilustrativa de uma tornozeleira eletrônica rompida
Polícia Militar/Divulgação/ARQUIVO
Um homem rompeu a tornozeleira eletrônica um dia após ser condenado a 18 anos e 9 meses de prisão por um homicídio no Rio Grande do Norte. A condenação aconteceu na terça-feira (5), e o rompimento foi registrado na quarta (6).
Bartogaleno Alves Saldanha foi condenado, junto com outros dois homens, pelo homicídio qualificado de José Vieira de Melo, ocorrido em 2006 na zona rural de Campo Grande, na região Oeste do estado.
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Segundo apontou o Ministério Público do Estado na denúncia, o “caso envolveu uma complexa rivalidade entre famílias e outros grupos criminosos da região, incluindo a atuação de agentes públicos na época”.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que o sinal da tornozeleira eletrônica do detento Bartogaleno Alves Saldanha foi perdido às 4h13 da quarta (6), “com última localização na casa do monitorado”. Segundo a Seap, a “falta grave” foi comunicada ao Judiciário.
Após a condenação ser confirmada, um mandado de prisão do suspeito havia sido expedido pela Justiça do Rio Grande do Norte, o que faz, portanto, que o homem seja considerado foragido.
Vítima foi alvo de disparos em casa
A denúncia do Ministério Público do RN descreveu que o crime aconteceu quando um grupo de homens armados invadiu a residência da vítima, se passando por policiais.
Diante da recusa em abrir a porta, eles atiraram diversas vezes contra a casa. Zé Vieira foi atingido por múltiplos disparos ao tentar olhar pela janela.
Segundo investigação do MP apontada na denúncia, a motivação do crime “seria a suspeita de que a vítima estaria envolvida na morte de César e Vicente Veras, ocorrida em 2003”.
A decisão judicial acolheu as circunstâncias desfavoráveis apontadas pelo MPRN, como a quantidade de disparos e a premeditação do crime.
Caso precisou mudar de cidade para julgamento
O julgamento foi transferido de Campo Grande para Assu a pedido do Ministério Público, que argumentou que a mudança era necessária para garantir a imparcialidade dos jurados, devido ao histórico de rivalidade entre as famílias envolvidas.
A Promotoria de Justiça também apontou a falta de condições de segurança na comarca de origem para a realização de um júri de grande repercussão.
“O caso é relevante por abordar uma complexa rede de crimes, ameaças e rivalidades na região do Médio Oeste potiguar, reforçando a atuação da justiça no combate à violência”, citou o MP.
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