Justiça autoriza estudante de medicina que matou corredor a mudar de cidade e tem júri popular cancelado em MS

A Justiça autorizou que o estudante de medicina João Vitor Fonseca Vilela, acusado de atropelar e matar a corredora Danielle Oliveira, mude-se de Campo Grande (MS) para Aparecida de Goiânia (GO). A decisão é do juiz Aluizio Pereira dos Santos e foi publicada nesta segunda-feira (18).
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul foi contra o pedido de mudança de endereço. A defesa apresentou uma declaração da irmã do estudante confirmando que ele vai morar com ela na cidade goiana.
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Inicialmente, a mudança foi autorizada com a condição de que João Vitor usasse tornozeleira eletrônica. A defesa recorreu, argumentando que a medida era desnecessária, já que ele estava em liberdade e seguia outras medidas cautelares. Os advogados também alegaram que o uso do equipamento poderia ser interpretado como cumprimento antecipado de pena, o que poderia interferir na contagem final em caso de condenação.
Com base nos argumentos, a Justiça retirou a exigência da tornozeleira eletrônica. João Vitor seguirá em liberdade, cumprindo outras medidas cautelares.
O estudante seria julgado por júri popular no dia 10 de setembro, mas a defesa recorreu da decisão que o levaria a julgamento. Com isso, o processo foi retirado da pauta, e o júri está suspenso temporariamente.
O recurso foi aceito e o Ministério Público apresentou as contrarrazões. Agora, o caso será analisado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
Acidente matou corredora
Danielle Oliveira, de 41 anos, foi atropelada e morreu na manhã de sábado (15), na rodovia MS-010, em Campo Grande. A corredora fazia um treino de longa distância quando foi atingida por um carro dirigido por João Vitor Fonseca Vilela, que, segundo a polícia, estava embriagado. Ele foi preso em flagrante.
O grupo tinha cerca de 20 atletas entre corredores e ciclistas. O motorista, de 23 anos, perdeu o controle do carro e atingiu duas corredoras. Danielle morreu no local.
Danielle foi atendida ainda por socorristas que faziam parte do grupo. O Corpo de Bombeiros também tentou reanimá-la por cerca de uma hora, mas ela não resistiu e morreu às margens da rodovia.
Segundo o laudo assinado pelo perito Heron Leal Farias, Danielle morreu por causa de uma hemorragia subaracnoide — um sangramento entre o cérebro e as meninges — provocada por traumatismo craniano.
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