Motociclista é arrastado por 2 quarteirões e arremessado em córrego em Matão
O motociclista Júnior Alberto Fregnani, de 22 anos, continua internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), da Santa Casa de Matão (SP), após grave um acidente de trânsito na sexta-feira (15). (relembre acima).
Ele foi atropelado por um carro, arrastado por dois quarteirões e arremessado dentro de um córrego, no Centro da cidade. A irmã dele, Letícia Fregnani, diz que o motorista é um colega de trabalho de Júnior e o atropelamento foi intencional, após uma briga envolvendo outro funcionário na empresa onde trabalham. A família considera o caso uma tentativa de homicídio.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como lesão corporal culposa na direção de veículo automotor (quando não há intenção de matar) e embriaguez ao volante.
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O motorista do carro apresentava sinais de embriaguez e se recusou a realizar o teste do bafômetro, mas aceitou fornecer amostra de sangue para exame de dosagem alcoólica. Foram solicitados exames ao Instituto de Criminalística (IC). O g1 não conseguiu contato com ele até a última atualização desta reportagem.
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Briga e perseguição de colegas em empresa
Júnior Alberto Fregnani, de 22 anos, está internado em estado grave na UTI da Santa Casa de Matão
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Em entrevista ao g1, Letícia afirmou que recentemente o irmão teve um desentendimento com um colega e foi trocado de turno. Depois, no outro turno, outros colegas teriam começado a persegui-lo. As motivações da briga e da perseguição ainda não foram esclarecidas.
Ainda segundo a irmã, Júnior já havia sido agredido com capacetadas por um colega.
“Ele estava reclamando para a esposa dele e para a minha mãe sobre a perseguição que estava sofrendo e disse que ia pedir as contas na segunda-feira (18). Ele reclamou na firma e foi até o Sindicato dos Metalúrgicos. Na semana passada, um rapaz deu uma capacetada no meu irmão e ele brigou. Esse motorista que o atropelou era funcionário da empresa e tentou se vingar. Queremos a prisão preventiva do rapaz, foi um crime mesmo”, disse.
De acordo com Letícia, o irmão sofreu traumatismo craniano, além de ter costela e vértebra da coluna quebradas. Ele corre risco de vida.
A empresa Baldan informou ao g1 que não recebeu denúncias sobre os desentendimentos ocorridos entre os colegas de trabalho e que está aguardando “a averiguação dos fatos pelos órgãos competentes”. (veja abaixo o comunicado na íntegra).
O sindicato informou que não recebeu denúncia sobre o caso.
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Como foi o acidente?
Júnior Alberto Fregnani foi atropelado e arrastado por carro até cair em córrego em Matão, SP
Maury Jr./Matão Urgente
O acidente aconteceu na Avenida Dr. Laerte José Tarallo Mendes por volta das 21h30. Por motivos ainda desconhecidos, o carro atingiu e arrastou a moto. Segundo a Polícia Militar, o motociclista e a moto ainda foram jogados dentro de um córrego.
O motorista do carro só parou quando bateu nas árvores que ficam no canteiro central da marginal. Ele precisou de atendimento médico.
O Corpo de Bombeiros fez o resgate do motociclista no córrego. Ele foi levado em estado grave pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência até o hospital Carlos Fernando Malzoni.
A irmã da vítima disse que o motorista percorreu dois quarteirões, arrastando Júnior até ele cair no córrego.
“Como que o motorista não viu a vítima, se nem freou o carro, tem as marcas de freio da moto, estourou os pneus. Ele arrastou meu irmão por 2 quadras. Na hora que ele bateu com meu irmão na árvore , rachou a árvore e ele caiu da altura de 2 metros. O capacete dele voou e parou em um posto próximo” , contou.
O advogado da família da vítima solicitou imagens de câmeras de segurança no entorno do acidente.
O que diz a empresa
Veja a íntegra da nota enviada ao g1:
“A Baldan Implementos Agrícolas informa que tomou conhecimento de um grave acidente de trânsito, lamentavelmente envolvendo dois de seus funcionários, ocorrido na sexta-feira, 15 de agosto, fora das dependências da empresa.
Referente ao questionamento sobre a ciência do caso, reforçamos que a empresa mantém um canal de denúncias ativo, sigiloso e acessível a todos os colaboradores para relatos de situações que possam comprometer o ambiente de trabalho. Até o momento, não há registro de qualquer denúncia relacionada ao caso citado.
A Baldan está monitorando a situação e aguardando a averiguação dos fatos pelos órgãos competentes.”
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