
Responsável por movimentar mais de R$ 6 bilhões anualmente e gerar milhares de empregos diretos e indiretos, o setor carbonífero segue desempenhando um papel estratégico na matriz energética brasileira e na economia do país. A região Sul do estado de Santa Catarina se destaca nesse aspecto: segundo dados do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (SIECESC), são mais de 21 mil empregos diretos e indiretos gerados pela cadeia do carvão.
No Sul do estado, municípios como Treviso, Lauro Müller e Siderópolis têm mais de 50% de sua arrecadação atrelada à atividade mineral e, juntamente com outras nove cidades da região – Criciúma, Içara, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Urussanga, Balneário Rincão, Cocal do Sul, Forquilhinha e Orleans –, integram a Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), entidade fundada em 1983, com sede em Criciúma, que visa fortalecer o desenvolvimento econômico e social da região.
O caso de Treviso é um exemplo de economia que gira praticamente em torno da produção carbonífera. Com quase quatro mil habitantes, conforme dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade tem seu histórico e desenvolvimento diretamente ligados a essa atividade e, hoje, cerca de 70% da receita municipal é proveniente da extração de carvão. Com duas mineradoras instaladas no município, Treviso é atualmente reconhecida como o novo centro da extração de carvão no estado: são mais de 800 empregos diretos e uma média de 650 mil toneladas de carvão mineral extraídas anualmente.
A maior parte é encaminhada para o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (CTJL), localizado no município de Capivari de Baixo, também na região Sul de Santa Catarina. Em 3 de julho de 2025, a assinatura do Contrato de Energia de Reserva (CER) garantiu ao setor carbonífero catarinense mais 15 anos de atividade, com a manutenção das atividades do CTLJ até 2040. Esse documento concretiza a continuidade da Transição Energética Justa, processo previsto pela Lei nº 14.299, de janeiro de 2022, durante o período de 1º de janeiro de 2026 a 31 de dezembro de 2040.
Desenvolvimento sustentável
Em Santa Catarina, indústrias do setor têm adotado práticas que vão muito além da extração mineral, buscando contribuir com o desenvolvimento econômico e social das comunidades locais. Entre as iniciativas, estão os investimentos contínuos na Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina (SATC), instituição criada ainda em 1959, que recebe 1% do faturamento das mineradoras e promove ensino de qualidade da educação básica ao ensino superior para mais de oito mil alunos na região.
Projetos como o Carvão Amigo e Içara Mais Doce envolvem ações sociais, ambientais e de reflorestamento, refletindo o compromisso do setor com a responsabilidade socioambiental. Essas ações evidenciam que é possível alinhar a atividade industrial com princípios sustentáveis, promovendo desenvolvimento regional com inclusão e preservação dos recursos naturais.
Com foco na comunidade do sul catarinense, a Diamante Energia desenvolve projetos que impactam milhares de pessoas, promovem transformação e assumem um papel ativo no desenvolvimento sustentável regional e no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Entre as principais ações de responsabilidade socioambiental da organização estão o “Programa Diamante + Educação Ambiental”, criado em 2019, que promove conscientização ambiental por meio de visitas educativas ao Parque Diamante + Energia, na cidade de Capivari de Baixo, atendendo a milhares de pessoas com estrutura acessível e inclusiva.
Outro destaque é o projeto de gestão de resíduos no CTJL, que ganhou prêmios por práticas sustentáveis como a reutilização de cinzas na indústria do cimento e a compostagem de resíduos orgânicos, com doação de mudas para ações de reflorestamento.
No âmbito social, o programa “Transformando Vidas através da Responsabilidade Social” oferece oficinas culturais gratuitas de teatro, música e dança, beneficiando mais de 1.300 alunos e promovendo inclusão, cidadania e formação artística. A empresa também apoia diretamente projetos locais em Tubarão, com mais de R$ 1,3 milhão investidos em iniciativas como “Pequenos Leoninos” e “Esporte é para Todos”.
Setor de impacto
Segundo dados da Associação Brasileira do Carbono Sustentável (ABCS), o carvão é a principal fonte única de eletricidade em todo mundo e deve contribuir com 22% em 2040. Mas, além da geração de energia, a cadeia produtiva do carvão mineral inclui ainda diversas atividades, como a mineração e o beneficiamento (processo realizado para melhorar a qualidade do carvão mineral extraído, removendo impurezas e aumentando seu poder calorífico), mas também está relacionada à indústria siderúrgica, de papel e celulose, cerâmica e de cimento, entre outras.
Em Santa Catarina, e em especial no Sul do estado, a história do setor remonta ao final do século XIX e início do século XX, quando a descoberta do carvão na região e a construção da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, já em 1919, deram origem a um complexo carboenergético que, hoje, engloba atividades de mineração, transporte e energia. Com a escassez de combustíveis importados durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, a produção local se fortaleceu, com o carvão da região servindo para abastecer usinas termelétricas e a Companhia Siderúrgica Nacional.
Atualmente, a produção de cerâmica e a extração mineral de carvão ainda ocupam lugar de destaque na economia do Sul catarinense, o que torna a região e o estado um dos polos da produção carbonífera no país.
Conheça mais sobre a Diamante Geração de Energia.