Modelo flagrado com 190 kg de drogas é preso em SC após ser solto em audiência de custódia


Polícia prende modelo flagrado com 190 kg de drogas em Balneário Camboriú
O homem detido em flagrante com quase 190 quilos de drogas em Balneário Camboriú foi preso novamente na tarde desta quinta-feira (21), mas de forma preventiva. A nova detenção de Julian Felipe Feitosa, de 28 anos, foi confirmada pela defesa do modelo, que vai recorrer da decisão.
Julian foi encontrado em casa, no bairro Vila Real, e detido pela Polícia Militar. A primeira prisão aconteceu na segunda-feira (28), mas ele foi solto em audiência de custódia no dia seguinte após a Justiça considerar requisitos com réu primário e emprego fixo.
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Ele havia sido detido junto da companheira, de 30 anos, que foi liberada pelo delegado após Julian assumir a responsabilidade pela droga, sendo 175 quilos de cocaína e 12 quilos de crack.
Após a soltura, a prisão dele foi pedida pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O órgão argumentou que haveria risco de fuga e que a quantidade de drogas encontrada com o homem “indica um envolvimento profundo com o narcotráfico de larga escala”.
Vida na internet
Nas redes sociais, o modelo publicava imagens de ensaios fotográficos em que trabalhava como modelo, treinos e a rotina na cidade do Litoral Norte.
Julian Felipe Feitosa foi preso em Balneário Camboriú
Reprodução/Redes sociais
O que diz a defesa
Confira abaixo a nota da defesa:
A defesa de Julian Felipe Feitosa, representada pelo advogado Dr. Samuel Silva, esclarece que a prisão do influenciador foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que decretou prisão preventiva pelo prazo de 90 dias, a ser revista dentro deste período. A ordem foi cumprida na tarde desta quinta-feira (21), quando Julian foi preso em sua residência, no bairro Vila Real, em Balneário Camboriú, pela Polícia Civil.
A decisão judicial fundamentou a medida na suposta garantia da ordem pública e na pressão social em torno do caso. A defesa, no entanto, não concorda com esse entendimento, pois entende que a prisão preventiva não pode ser utilizada como resposta a clamores externos, devendo observar estritamente os requisitos legais.
Durante o cumprimento da ordem, a defesa considera que houve abuso de autoridade, especialmente pelo uso indevido de algemas. A Súmula Vinculante nº 11 do STF estabelece que o uso de algemas é medida excepcional, restrita a casos de resistência, receio de fuga ou risco à integridade física do preso ou de terceiros. Fora dessas hipóteses, deve haver justificativa expressa e por escrito, sob pena de responsabilização disciplinar, civil e penal da autoridade responsável, bem como a possível nulidade do ato processual.
A defesa informa ainda que já interpôs recursos em instâncias superiores, buscando restabelecer a legalidade e garantir os direitos fundamentais de Julian, que sempre colaborou com a Justiça e permanece à disposição do Poder Judiciário.
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