
Impasse entre governo e prefeitura segura recursos para a saúde de Teresina
O repasse mensal de R$ 69 milhões para a rede municipal de Teresina precisa de uma contrapartida para a rede estadual, segundo o secretário de Saúde do Piauí, Antônio Luiz Soares. Para o gestor, o governo não é obrigado a autorizar o envio sem que as necessidades do estado sejam consideradas.
Em entrevista à TV Clube nesta terça-feira (26), Antônio Luiz afirmou que a Prefeitura de Teresina repassa R$ 5,5 milhões por mês, dos recursos enviados pelo Ministério da Saúde, aos sete hospitais estaduais da capital. De acordo com ele, o valor ideal seria de R$ 8 milhões.
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O valor de R$ 69 milhões foi mencionado pela presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Leopoldina Cipriano, na segunda-feira (25). O g1 procurou a FMS e aguarda resposta sobre as falas do secretário.
Conforme Antônio Luiz, o repasse da quantia é definido em um acordo entre ambas as pastas, o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) — que também é presidido por Leopoldina.
“Quando você pactua as coisas, olha tecnicamente o que cada um tem direito a receber. Não é só um ente que tem direito. Estamos tentando reaver, há alguns meses, o dinheiro enviado pelo governo federal ao estado que é retido pela prefeitura”, declarou o gestor.
O secretário disse que a Sesapi tenta, desde 2024, firmar um acordo com a Prefeitura de Teresina para garantir o envio de R$ 8 milhões. Em 2025, a prefeitura teria aceitado o valor, mas o estado ainda não recebeu o recurso.
Os hospitais da rede estadual de saúde localizados em Teresina são:
Hospital Getúlio Vargas (HGV);
Hospital da Polícia Militar (HPM);
Instituto de Doenças Tropicais Natan Portella (IDTNP);
Hospital Infantil Lucídio Portella (Hilp);
Unidade Integrada de Saúde do Mocambinho;
Nova Maternidade Dona Evangelina Rosa (NMDER);
Hospital Areolino de Abreu.
Antônio Luiz destacou que, pelo programa Piauí Saúde Digital, já foram agendados 850 mil procedimentos fora da capital.
“Temos 22 hospitais operando no interior sem que os pacientes venham para a capital. Há cirurgias ortopédicas e neurológicas em Picos, Floriano e Parnaíba. Nós queremos o básico, que é receber o que é nosso por direito”, completou o secretário.
Hospital Getúlio Vargas, no Centro de Teresina
Jonas Carvalho/TV Clube
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