
Deputada Julia Zanata (PL-SC) levou um bebê para a ocupação do plenário da Câmara
Divulgação
Na noite dessa quarta-feira (6), a deputada federal Julia Zanatta (PL) levou a filha bebê como escudo na ocupação no plenário da Câmara em Brasília. Natural de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, ela foi eleita para o cargo nas eleições de 2022.
O deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, acionou o Conselho Tutelar de Brasília para apurar uma possível situação de risco envolvendo a deputada e a filha bebê (leia mais abaixo).
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Zanatta, de 40 anos, foi candidata a prefeita de Criciúma nas eleições de 2020, mas não foi eleita. Atualmente, como deputada, integra duas comissões na Câmara: a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e a Comissão Especial sobre Direito Digital.
De acordo com a Câmara dos Deputados, no plenário em 2025 ela teve:
19 dias de presença
46 dias de ausências justificadas
1 dia de ausência injustificada
Nas redes sociais, Zanatta se apresenta como aliada do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ela defende pautas como o armamento civil, é contra o aborto e se posiciona contra a obrigatoriedade da vacinação, tendo inclusive apresentado projetos de lei que questionam políticas públicas de imunização
Nas eleições de 2022, a deputada Julia Zanatta declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 2.525.000, incluindo dois apartamentos em Florianópolis, R$ 85 mil em espécie, dois terrenos em Morro da Fumaça, um carro e R$ 45 mil na poupança.
Em 2023, Zanatta se envolveu em um episódio polêmico durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Ela acusou o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) de importunação após ele se aproximar por trás para cochichar durante uma discussão.
O caso foi levado ao Conselho de Ética, mas foi arquivado após pedido de desculpas do parlamentar.
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Bebê de colo no plenário
Oposicionista ocupam desde a terça-feira (5) os plenários de Câmara e Senado. Eles protestam contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
Diante de críticas de ter levado a filha, Zanatta admitiu em redes sociais que estava usando a criança como “escudo”.
“Os que estão atacando minha bebê não estão preocupados com a integridade da criança (nenhum abortista jamais esteve) eles querem é inviabilizar o exercício profissional de uma mulher usando sim uma criança como escudo”, declarou a deputada.
No ofício ao Conselho Tutelar, o deputado Reimont afirma que a situação pode configurar exposição indevida de uma criança a ambiente de instabilidade e risco físico, o que, segundo ele, contraria princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Tal conduta suscita sérias preocupações quanto à segurança da criança, que foi exposta a um ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional”, escreveu o parlamentar.
A Comissão solicita que o Conselho Tutelar apure os fatos e, se necessário, adote as providências legais cabíveis.
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