
Vulcão entra em erupção na Islândia na península de Reykjanes, no extremo sudoeste da ilha, em 16 de julho de 2025.
Hordur Kristleifsson/Proteção Civil da Islândia via Reuters
Um vulcão entrou em erupção no sudoeste da Islândia nesta quarta-feira (16) e forçou a evacuação de um famoso resort de luxo, segundo autoridades locais. Imagens transmitidas ao vivo pela mídia estatal do país mostraram o vulcão expelindo fumaça e fluxos dramáticos de lava em uma grande área, na nona erupção próxima à capital desde 2023.
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A erupção na península de Reykjanes, ao sudoeste da capital, Reykjavik, começou por volta da 1h desta quarta no horário de Brasília, 4h no horário local, em uma fileira de crateras após atividade sísmica em uma área despovoada, segundo o Escritório Meteorológico islandês.
O magma forçou a abertura de uma fissura massiva na crosta terrestre, com extensão entre 700 e 1.000 metros, informou a pasta. Horas após o início da erupção, autoridades locais informaram que a situação estava controlada. Não há relatos de feridos.
“No momento, ela não ameaça nenhuma infraestrutura. Com base em medições de GPS e sinais de deformação, é provável que esta tenha sido uma erupção relativamente pequena”, disse o órgão em comunicado.
A emissora pública “RUV” informou que pessoas foram evacuadas da Lagoa Azul, um resort de luxo com spa geotérmico, e da cidade próxima de Grindavik, citando a polícia. O resort afirmou em seu site que fechou por conta da erupção, mas a previsão é de reabrir ao longo do dia.
Vulcão entra em erupção na Islândia na península de Reykjanes, no extremo sudoeste da ilha, em 16 de julho de 2025.
Ministério das Relações Exteriores da Islândia
Grindavik, que tinha cerca de quatro mil habitantes antes de uma ordem de evacuação em 2023, permanece em grande parte deserta desde então, devido à ameaça periódica de fluxos de lava e terremotos associados.
As erupções na região de Reykjanes não representaram ameaça para a capital Reykjavik nem lançaram grandes volumes de cinzas no céu. O tráfego aéreo no aeroporto de Keflavik não foi afetado, segundo o site da instituição.
Frequentemente chamada de “terra do gelo e do fogo”, a ilha do Atlântico Norte, com seus muitos glaciares e vulcões, já registrou um dezena de erupções desde que os sistemas geológicos na península de Reykjanes foram reativados em 2021.
Especialistas afirmam que essas erupções na área podem continuar ocorrendo por décadas — ou até séculos.
As chamadas erupções fissurais são caracterizadas por fluxos de lava que emergem de longas rachaduras no solo, e não de uma cratera central.