Um motociclista escapou por pouco de um ferimento grave após ser atingido por uma linha chilena – usada para soltar pipa – enquanto pilotava, no sábado (2).
Willyan Pereira Soares passava pela Avenida Brasil, na altura da Barreira do Vasco. Ele voltava para casa, em Niterói, quando sentiu algo arranhando seu pescoço.
Ele contou que agiu rapidamente e puxou a linha, evitando um corte profundo.
“Fui sair pra trabalhar, pra rodar nos aplicativos, e peguei uma corrida de Copacabana pra Duque de Caxias. E na volta dessa corrida, que eu tava voltando sentido Niterói, eu senti um arranhão no meu pescoço e quando eu vi era uma linha chilena”, contou o motociclista.
“Única reação que eu tive na hora foi de frear a moto e puxar a linha, pra tirar ela do meu pescoço e jogar pra cima, pro capacete. Ela chegou a arranhar ainda um pouco do pescoço e o queixo. Se não é esse ato de jogar a linha pra cima, era capaz de ter cortado meu pescoço todo”, acrescentou.
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Willyan teve cortes no queixo e no pescoço após ser atingido por linha chilena
Reprodução/TV Globo
Pintor morreu na Via Light
O pintor Jorge Luiz da Silva Marciano morreu após ser atingido por linha chilena no RJ
Reprodução/TV Globo
No fim de semana, o pintor Jorge Luiz da Silva Marciano, de 38 anos, morreu após ser atingido no pescoço por uma linha chilena enquanto passava de moto pela Via Light, no limite entre os municípios de Mesquita e Nilópolis, na Baixada Fluminense.
Ele voltava de moto com a mulher na garupa quando foi atingido no pescoço. Eles festejavam o título do filho de 8 anos no futsal. A mulher não se machucou. O menino estava em um outro carro.
Um amigo de Jorge, que pilotava uma moto logo atrás, também foi atingido, mas com menos gravidade. Ele chegou por conta própria à UPA do Cabuís, teve ferimento superficial no pescoço suturado e recebeu alta.
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Uso é proibido
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A linha chilena é proibida por lei no estado do Rio de Janeiro e em diversos outros estados, por causar acidentes graves e até fatais. Feita com quartzo moído e óxido de alumínio, é ainda mais cortante que o cerol.
Dados do Linha Verde, programa do Disque Denúncia, apontam um aumento no número de denúncias sobre o seu uso no estado do Rio de Janeiro.
De acordo com o levantamento, nos últimos 7 meses foram 716 ligações, contra 561 comunicados em todo o ano passado.
