Alta de incêndios em MG em meio a tempo seco deixa bombeiros e brigadistas em alerta


Mais de 600 incêndios são registrados em MG só nos primeiros dias de Agosto
Com a chegada do período de estiagem, que vai até outubro, Minas Gerais já registra aumento de queimadas, sendo que só nos primeiros cinco dias de agosto foram 656 focos de incêndio em vegetação. Nesta terça-feira (6), fogo atingiu lote em área urbana da capital (veja abaixo).
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais alerta para o aumento no número de incêndios durante o período de estiagem. A combinação de vegetação seca, baixa umidade do ar e ventos fortes facilita a propagação das chamas em todo o estado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, desde o início do ano, já são quase 10 mil ocorrências de incêndio no estado.
A corporação monitora, em tempo real, os focos de calor em Minas Gerais com imagens de satélite. O alerta é para que a população evite qualquer tipo de queimada, já que a maior parte dos incêndios é provocada por ação humana, mesmo que de forma não intencional.
“A vegetação seca vira combustível. O fogo começa pequeno, mas rapidamente se espalha. Muitas vezes, quem ateia fogo para limpar um terreno não tem ideia do estrago que pode causar”, explicou o capitão Cléber Carvalho, do Corpo de Bombeiros.
Alerta
Nos últimos dias, bombeiros e brigadistas combateram grandes incêndios em áreas de preservação ambiental. Na Serra do Rola Moça, na Grande BH, o fogo durou quase três dias e se espalhou por áreas de mata e encostas de difícil acesso.
Outro incêndio de grandes proporções foi registrado na Serra do Intendente, próxima ao Parque Nacional da Serra do Cipó. O fogo destruiu pelo menos 120 hectares de vegetação, incluindo áreas de nascentes e cerrado. Brigadistas encontraram indícios de ação criminosa, como galões e luvas usados pelos incendiários.
Segundo a Brigada, a principal suspeita é de que as causas sejam humanas, ligadas à prática ilegal de queima para formação de pastagem.
“Nesta época do ano, quase todos os incêndios são criminosos. Nós ainda estamos em alerta, esse foi só o inicio da temporada. Esse ano os incêndios começaram um pouco mais tardios, mas até outubro ainda estamos em alerta”, disse Daniel Guimarães, brigadista que atuou na Serra do Cipó.
As áreas atingidas incluem regiões próximas ao Pico do Breu e à travessia Lapinha-Tabuleiro, uma das mais conhecidas do país. Esses locais são considerados estratégicos por abrigarem nascentes e ecossistemas de alta relevância ambiental.
Incêndios ameaçam áreas de proteção ambiental em MG
Reprodução/TV Globo
Adicionar aos favoritos o Link permanente.