Do roçado ao Mercadão 2000: história de agricultora simboliza força dos feirantes em Santarém


Da produção no campo às vendas na feira, Regiane e família garantes melancias e abacaxi
Nesta segunda-feira (25), o Dia do Feirante é celebrado em todo o país, lembrando a importância de quem, diariamente, garante alimento fresco, tradição e convivência nas comunidades. Em Santarém, no oeste do Pará, e região metropolitana, histórias como a de Regiane das Flores Nascimento mostram a força dessa categoria.
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Da roça para a feira
Regiane trabalha há seis anos no Mercadão 2000, junto com o marido e o filho. A família mora na comunidade Palhauzinho, em Mojuí dos Campos, onde cultiva melancia e abacaxi que são levados até à feira para venda.
Regiane vende melancia e abacaxi no Mercadão 2000
Arquivo Pessoal
“Eu gosto muito de trabalhar com as pessoas. Antes, a gente mandava os produtos para outros venderem, mas não é a mesma coisa que estar ali, direto com o cliente. Quando vendi a primeira vez, gostei e nunca mais parei”, contou.
Entre os maiores desafios, ela aponta o transporte e a falta de estrutura. “Os ônibus de madrugada são muito difíceis, às vezes preciso ir de carro próprio. Também seria importante melhorar os banheiros e o acesso à água potável dentro da feira”, disse.
Apesar disso, ela destaca a gratidão pela profissão. “Através da feira já consegui muitas coisas para minha família. Conheci muita gente, já tive até turista que fez poema para mim na banca. O Dia do Feirante é um dia muito bom, eu comemoro mesmo”, completou.
As feiras em Santarém
Galpão da feira do mercadão 2000, é um dos mais movimentados da cidade
Cleber Vasconcelo/ TV Tapajós
Segundo dados da Prefeitura de Santarém, o município conta com 7 feiras livres oficiais, que reúnem centenas de feirantes associados:
Feira do Pescado (Z20) – bairro da Aldeia – 68 associados
Feira das Flores (Flor Tapajós) – bairro Santíssimo – 30 associados
Feira Mercadão 2000 (Aprusan) – bairro da Aldeia – 245 associados
Feira da COHAB (Aprusan) – bairro Santana – 95 associados
Feira do Aeroporto Velho (Aprusan) – bairro Aeroporto Velho – 150 associados
Feira da Banana (Associação da Banana) – bairro Rodagem – 36 associados
Feira do Uruará (Z20) – bairro Uruará – 14 associados
No total, as feiras recebem cerca de 7.250 pessoas por semana.
Já os mercados municipais, como o Mercadão 2000, Mercado Modelo/Central, Tupaiulandia, Vila Arigó, Santana, Prainha e Alter do Chão, reúnem 785 permissionários cadastrados e movimentam aproximadamente 12.460 pessoas semanalmente.
Apoio e melhorias
A Prefeitura informou que oferece assistência técnica aos feirantes e realiza parcerias para cursos de capacitação com órgãos como Vigilância Sanitária e Senac. Recentemente, o Mercadão 2000, o Mercado Modelo/Central e o Mercado Tupaiulândia passaram por melhorias.
A Feira da Cohab também foi totalmente reconstruída. Outros pontos receberam ajustes pontuais. “Temos projetos para modernizar as feiras e mercados e estamos em busca de recursos para viabilizar as obras”, informou Bruno Costa, titular da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca.
Origem da data
O Dia do Feirante foi instituído em homenagem à criação da primeira feira livre do Brasil, em 25 de agosto de 1914, na cidade de São Paulo, autorizada pelo então prefeito Washington Luís. Desde então, a data passou a simbolizar o reconhecimento à categoria.
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