Polícia conclui que morte de menina de 4 anos foi provocada por espancamentos de padrasto; mãe era conivente


Após a conclusão, o inquérito foi remetido à justiça
Polícia Civil/Divulgação
A meninas de 4 anos que deu entrada no Hospital Municipal de São Gotardo no dia 17 de julho já sem vida morreu por peritonite e septicemia aguda, devido a ruptura no intestino delgado, ocasionada por um trauma violento, segundo o inquérito divulgado pela Polícia Civil nesta terça-feira (26). A mãe da criança sabia das agressões e era conivente.
🔍A peritonite é uma inflamação localizada no abdômen e surge geralmente por perfurações ou infecções no abdômen, e, se não tratada, pode evoluir para septicemia aguda, quando a infecção atinge o sangue e se torna potencialmente fatal.
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Conforme a Polícia Civil, o laudo pericial apontou para uma versão diferente da apresentada pela mãe da criança e pelo padrasto, que alegaram inicialmente um mal súbito e, depois, uma queda de um veículo.
Uma testemunha relatou que o padrasto batia na vítima, inclusive com murros na barriga, o que pode ter causado o ferimento que causou a morte da menina. A mulher de 30 anos e o companheiro dela, de 27, foram indiciados por feminicídio, com agravante de ser cometido contra menor de 14 anos.
O nome dos investigados não foi divulgado pela polícia.
Morte suspeita
Segundo a Polícia Civil, as suspeitas contra o casal começaram no dia 17 de julho, quando a menina foi levada por eles até Hospital Municipal de São Gotardo. A criança chegou ao hospital sem vida. Os suspeitos alegaram inicialmente um mal súbito e, depois, uma queda de um veículo.
A criança tinha ferimentos no rosto, costas e barriga, considerados incompatíveis com os relatos da mãe e do padrasto. A equipe médica desconfiou de eventual negligência ou violência sofrida pela criança e acionou a Polícia Militar (PM).
Inicialmente, o padrasto e a mãe da vítima alegaram que a menina havia sofrido uma convulsão seguida de vômitos.
Em uma segunda versão, o padrasto afirmou que a criança teria caído de um veículo no dia anterior, batendo com a cabeça. Esses relatos conflitantes levantaram as primeiras suspeitas sobre o caso.
Durante as investigações, investigadores analisaram imagens de câmeras de segurança, descartando a versão da queda do veículo. Além disso, o comportamento do padrasto e da mãe também foram fatores que intensificaram as suspeitas sobre eles.
Segundo a Polícia Civil, as contradições nos depoimentos e as evidências levaram ao pedido de prisão do casal, que foi cumprido no dia 30 de julho. Os suspeitos seguem presos.
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