
Manifestação gera interdições e tumultos em vários pontos da capital
As manifestações pelo desaparecimento do motociclista por aplicativo Franklin César, de 25 anos, se estenderam pela noite dessa terça-feira (26) e provocaram tumulto em vários pontos de São Luís.
Depois do protesto que interditou por mais de quatro horas o Elevado da Cohama e travou o trânsito nas avenidas Jerônimo de Albuquerque, Daniel de La Touche e São Luís Rei de França, os manifestantes seguiram para outras regiões da cidade.
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Nos dois sentidos da Ponte do Caratatiua, motociclistas atearam fogo em pneus e outros materiais, bloqueando as vias por cerca de meia hora. O trânsito ficou congestionado, e o Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas.
Na Avenida São Sebastião, no bairro Cruzeiro do Anil, a cena se repetiu. Motoristas chegaram a desviar pela calçada para conseguir passar, enquanto moradores e até um motorista de transporte coletivo tentaram apagar as chamas antes da chegada dos bombeiros.
Pouco depois, por volta das 23h, houve nova barricada na Avenida dos Franceses, na região central da capital. Durante as manifestações, circulou nas redes sociais um vídeo em que agentes de trânsito da SMTT foram hostilizados por motoqueiros em frente a um shopping no bairro Ipase.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros atuaram em vários pontos da cidade para liberar as vias e conter os protestos.
Também foi registrado protesto na entrada do Residencial Península do Ipase, no bairro Bequimão, local onde o corpo de Franklin César foi encontrado. De acordo com a Polícia Militar, pelo menos dois tiros foram disparados por moradores do residencial em meio a uma tentativa de invasão de alguns motoqueiros, mas ninguém ficou ferido.
Suspeito de envolvimento no desaparecimento de motociclista de app é preso em São Luís
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Reprodução/TV Mirante
Suspeito foi preso
Suspeito de envolvimento em desaparecimento de motociclista é preso em São Luís
Reprodução/Redes Sociais
O suspeito, identificado como Wendel Araújo da Silva, de 21 anos, conhecido como “Carioca”, foi levado para prestar depoimento na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) e, em seguida, encaminhado para a Central Integrada de Inquéritos e Custódia.
Com o suspeito, a polícia apreendeu uma arma de fogo e drogas. Diante dos indícios de participação no homicídio, a Polícia Civil também pediu a prisão preventiva.
O acusado é apontado pela investigação como líder de uma facção criminosa na região onde o corpo foi encontrado e teria autorizado o homicídio do motociclista. Segundo a polícia, a vítima deixava uma passageira no local e teria sido confundida com integrante de um grupo rival.
No local em que o suspeito foi preso, um grupo de motociclistas realizou um protesto durante a noite, dando sequência às manifestações que tiveram na região do Elevado da Cohama. Segundo informações preliminares, a polícia investiga quantas pessoas participaram do crime e trabalha para identificar outros suspeitos.