
Angelica Ramos Pereira morreu no sábado (24) na casa dele na Zona Norte de São Paulo. Defesa do PM não foi encontrada pela reportagem. Angelica Pereira tinha 34 anos. PM alegou que disparo da arma foi acidental
Reprodução
Um policial militar de 38 anos foi preso em flagrante no sábado (24) após atirar na cabeça da namorada na casa dele na Zona Norte de São Paulo. Ele alegou que manuseava a sua arma e atirou acidentalmente, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
No enterro de Angélica Ramos Pereira, de 37 anos, realizado nesta segunda-feira (27), a família lamentou a morte e disse estar arrasada. Além dos pais, ela deixou um filho e uma neta. A família afirmou à TV Globo que aguarda os resultados dos exames periciais para se pronunciar.
Os parentes não sabiam que ela estava namorando com o cabo Valdelício Pereira de Oliveira. A reportagem tenta localizar a defesa dele. Em abril, ele havia sido homenageado pela corporação por bons serviços prestados.
A gente não sabe o que aconteceu. A gente está em busca de saber o que de fato aconteceu ali com ela naquele local. Minha prima, minha amiga, a minha comadre. Ela é uma pessoa tão sorridente.
Ivonete Viana, tia da vítima, explicou que a família ainda tenta entender direito o que ocorreu. “Seria muito importante a gente saber de fato o que aconteceu, como aconteceu, toda a situação desde o fato ao pedido de socorro, o tempo que demorou. Todas essas coisas a gente queria saber, a gente tem essas dúvidas”, disse.
Um tio de Angélica chegou a dizer à Polícia Civil que Valdelício havia dado outra versão inicialmente. Contou que o PM ligou para ele para dizer que quem manuseava a arma era Angélica e que ela acabou atirando acidentalmente na própria cabeça.
Depois, essa versão foi desmentida pela Secretaria da Segurança, que divulgou a seguinte nota: “De acordo com o relato do autor, o disparo teria acontecido acidentalmente, enquanto ele manuseava a arma”.
Ainda segundo a pasta, a vítima chegou a ser socorrida e levada de ambulância para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu.
O PM foi levado para o presídio Romão Gomes da Polícia Militar, na Zona Norte, após ter passado por audiência de custódia na Justiça.
O caso foi registrado no 73 Distrito Policial (DP), Jaçanã, que prosseguirá com as investigações.
Angélica Pereira e Valdelício Oliveira
Reprodução/Arquivo pessoal
Vídeos