Em depoimento, Tadeu Almeida Silva, de 42 anos, confirmou ter visto Nelson Carreira Filho ser assassinado em galpão de fábrica de suplementos em Cravinhos e ter ajudado Marlon Couto a ocultar o corpo. Tadeu (à esquerda) e Marlon Couto, suspeitos pela morte do empresário Nelson Francisco Carreira Filho em Cravinhos, SP.
Reprodução/EPTV
Um dos suspeitos de participação na morte do empresário paulistano Nelson Carreira Filho, Tadeu Almeida Silva, de 42 anos, se apresentou à Polícia Civil na tarde desta quinta-feira (29). Segundo informações apuradas pela EPTV, afiliada da TV Globo, ele foi à delegacia de Cravinhos (SP) durante a tarde, acompanhado por um advogado.
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Tadeu é um dos alvos de três mandados de prisão temporária decretados pela Justiça depois que a Polícia Civil passou a investigar como homicídio a causa do desaparecimento do empresário, ocorrido no último dia 16 de maio, depois que Nelson viajou da capital para o interior para uma reunião de negócios.
Além dele, também são investigados Marlon Couto, dono de uma fábrica de suplementos e que era parceiro comercial de Nelson, e a mulher de Marlon, Marcela Silva de Almeida.
Segundo as investigações, Marlon matou o empresário e jogou o corpo em um rio em Miguelópolis (SP) devido a desavenças comerciais: Nelson teria reclamado com ele sobre o uso indevido de produtos em um site administrado por Marlon e cobrado até R$ 100 mil dele.
Tadeu, por sua vez, afirmou ter presenciado a morte e ajudado na ocultação do cadáver, além de ter levado o carro de Nelson até a capital paulista e abandoná-lo lá. Já Marcela, ainda de acordo com a polícia, foi com Marlon buscar Tadeu em São Paulo, onde chegaram a tomar café com a esposa da vítima.
Até a última atualização desta notícia, Marlon e Marcela não tinham sido encontrados.
Delegacia da Polícia Civil de Cravinhos, SP
Reprodução/EPTV
Depoimento com detalhes
Em um depoimento prestado no dia 26, quando ainda não era alvo de um mandado de prisão, Tadeu relatou em detalhes o que garante ter presenciado (veja aqui em detalhes).
Ele contou que, no dia 16 de maio, Marlon atirou em Nelson enquanto o empresário visitava a empresa. Isso porque Nelson seria dono da marca “Bariatric Gold”, que Marlon estaria usando indevidamente no comércio eletrônico e, para tentar solucionar a questão, exigia o pagamento de uma quantia mensal para que ele não derrubasse o site em que o suplemento era vendido.
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Depois da morte, Tadeu afirma ter ajudado o dono da fábrica a ocultar o corpo da vítima com lonas e cordas, mais tarde levado por Marlon até um rio na região de Miguelópolis. Ele ainda afirmou que, enquanto isso, ficou responsável por abandadonar o carro de Nelson em um determinado endereço em São Paulo, e horas depois se encontrou com Marlon e a esposa na capital.
Tadeu também relatou que os três foram até uma delegacia, onde se encontraram com familiares de Nelson que prestavam queixa sobre o desaparecimento, e que chegaram a ir ao prédio da esposa da vítima para prestar apoio.
O depoente ainda disse que foi orientado pelo dono da fábrica de suplementos a se livrar das chaves do carro e do boné da vítima, bem como das roupas que havia usado naquele dia.
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