
No dia 12, os dois países chegaram a um acordo para reduzir as tarifas recíprocas por 90 dias. As tarifas sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30% e as da China sobre os produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%. O presidente dos EUA, Donald Trump, participa de uma reunião bilateral com o presidente da China, Xi Jinping, durante a cúpula dos líderes do G20 em Osaka, Japão, 29 de junho de 2019.
REUTERS/Kevin Lamarque/Foto de arquivo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China de violar o acordo sobre as tarifas, que os dois países fecharam no dia 12 deste mês, em uma publicação em sua rede Truth Social, nesta sexta-feira (30).
“A má notícia é que a China, talvez sem surpresa para alguns, VIOLOU TOTALMENTE SEU ACORDO CONOSCO”, postou.
A escalada das medidas tarifárias do presidente americano, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos EUA, abalou os mercados financeiros no mundo todo no mês passado.
Após o anúncio de um acordo entre EUA e China, o dólar passou a subir em relação a outras moedas importantes e os mercados de ações se recuperaram, com a diminuição da possibilidade de recessão global por conta do tarifaço.
Saiba mais sobre acordo
China e EUA anunciam acordo para pausar tarifaço
Os Estados Unidos e a China concordaram em reduzir temporariamente as chamadas “tarifas recíprocas” entre os dois países durante 90 dias, no dia 12 de maio, após representantes das duas potências se encontrarem em Genebra, na Suíça.
As tarifas dos EUA sobre as importações chinesas caíram de 145% para 30%.
As taxas da China sobre os produtos americanos foram reduzidas de 125% para 10%.
Em coletiva de imprensa após o anúncio do acordo, Trump disse que não esperava que as tarifas dos EUA sobre as importações chinesas retornassem a 145% após o fim da pausa de 90 dias, e que acreditava que Washington e Pequim chegarão a um acordo definitivo.
O republicano também afirmou que a China já concordou em abrir o mercado para os EUA, mas que isso “levará um tempo para ser colocado no papel”.
Trump destacou ainda que, além dos acordos sobre tarifas já firmados com a China e com o Reino Unido, muitos outros “estão a caminho”.
Relembre a guerra tarifária entre China e EUA
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou após o anúncio das tarifas prometidas por Trump, no início de abril.
A China foi um dos países tarifados — e com uma das maiores taxas, de 34%. Essa taxa se somou aos 20% que já eram cobrados em tarifas sobre os produtos chineses anteriormente.
Como resposta ao tarifaço, o governo chinês impôs, em 4 de abril, tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.
Os EUA decidiram retaliar, e Trump deu um prazo para a China: ou o país asiático retirava as tarifas até as 12h de 8 de abril, ou seria taxado em mais 50 pontos percentuais, levando o total das tarifas a 104%.
A China não recuou e ainda afirmou que estava preparada para “revidar até o fim”.
Cumprindo a promessa, Trump confirmou a elevação das tarifas sobre os produtos chineses.
A resposta chinesa veio na manhã de 9 de abril: o governo elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%, acompanhando o mesmo percentual de alta dos EUA.
No mesmo dia, Trump anunciou que daria uma “pausa” no tarifaço contra os mais de 180 países, mas a China seria uma exceção.
O presidente dos EUA subiu a taxação de produtos chineses para 125%.
Em 10 de abril, a Casa Branca explicou que as taxas de 125% foram somadas a outra tarifa de 20% já aplicada anteriormente sobre a China, resultando numa alíquota total de 145%.
Como resposta, em 11 de abril, os chineses elevaram as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.