Com saída de Musk do governo Trump, como fica o Departamento de Eficiência Governamental


No DOGE, Musk prometeu cortar o déficit público em USS 2 trilhões, mas conseguiu uma economia de US$ 175 bilhões. Empresário anunciou a saída do governo na noite de quarta-feira (28). Elon Musk na Casa Branca, em Washington
REUTERS/Carlos Barria
Criado na segunda gestão de Donald Trump na Casa Branca, o Departamento de Eficiência Governamental (conhecido pela sigla em inglês DOGE) foi anunciado no início deste ano, tendo o bilionário Elon Musk como líder e conselheiro do órgão. Após cerca de 130 dias no cargo, o empresário decidiu abandonar a função.
E agora, como fica o DOGE após a saída de Musk?
No episódio desta sexta-feira (30), o podcast O Assunto comenta a saída dele da gestão Trump e o futuro do órgão criado para cortar gastos do governo. De acordo com Mauricio Moura, professor da Universidade George Washington, nos Estados Unidos, o departamento tende a perder força.
“A percepção que se tem aqui em Washington é que esse departamento vai perder muita relevância” comenta. Uma das justificativas do professor é de que a presença do bilionário do cargo era uma dos responsáveis pela força do órgão.
“A figura do Elon Musk e a própria equipe que ele trouxe para coordenar ou participar desse movimento que ele fez são muito particulares dele, da figura dele e da liderança dele. A perspectiva é que vai perder muita relevância e tende a desaparecer”, complementa o professor.
No período, o bilionário acumulou brigas com figuras do alto escalão da gestão Trump, viu o lucro e o valor de mercado de suas empresas derreterem e ficou longe de cumprir sua maior promessa ao assumir o DOGE: ele queria cortar o déficit público em USS 2 trilhões, mas conseguiu uma economia de US$ 175 bilhões.
Como foram os cinco meses da presença de Musk no governo Trump?
Cinco meses após ter assumido o cargo, Musk também sai da função com sua imagem desgastada. O empresário e o presidente dos Estados Unidos têm uma relação antiga que se intensificou no ano passado e foi marcada por reviravoltas. (Saiba mais aqui.)
A união entre os dois foi sacramentada após as eleições presidenciais. Mesmo antes da vitória, Trump já exaltava o bilionário com frequência. redes sociais, Musk dizia que Trump era um “cara bom”, “forte” e que salvaria o país. O republicano retribuiu os afagos durante seu discurso da vitória, quando reservou alguns minutos para chamar o bilionário de “supergênio” e “um cara incrível”.
Indícios de que a relação estava começando a azedar surgiram em abril. No início daquele mês, o site “Politico” afirmou que o bilionário iria deixar o governo nas próximas semanas e que a saída já havia sido acertada entre os dois.
A crise foi intensificada por críticas ao tarifaço e outras medidas econômicas do governo, além de falas contra a participação de Musk na gestão.
No X, Musk escreveu: “Gostaria de agradecer ao presidente Donald Trump pela oportunidade de reduzir gastos desnecessários”. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo agradecia o trabalho de Musk, mas não quis comentar sua saída.
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