Juiz de Fora daqui a 100 anos: veja como a Inteligência Artificial imagina pontos famosos da cidade


Cidade terá paisagismo rico em áreas verdes, iluminação inteligente, caminhos tecnológicos e transporte feito por veículos voadores, segundo os resultados gerados. Juiz de Fora em 2125, segundo projeção da Inteligência Artificial
ChatGPT/Reprodução
Uma Juiz de Fora com design arquitetônico arrojado, com paisagismo rico em áreas verdes, iluminação inteligente e transporte feito por veículos voadores. Será essa a cidade daqui a 100 anos?
Impossível prever categoricamente, mas o g1 Zona da Mata usou ferramentas de inteligência artificial para projetar como estariam locais conhecidos da cidade no ano de 2125.
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Alimentada por fotos atuais, a IA projetou uma Juiz de Fora futurista, cheia de elementos que podem – ou não – virar realidade. Os prompts, ou comandos, encaminhados ao Chat GPT, plataforma utilizada para as projeções, pediam que fossem criadas imagens com base em fotos já publicadas pelo g1, mas na evolução estimada para daqui a 100 anos.
A reportagem conversou com Frederico Braida, arquiteto e urbanista, professor da UFJF e pesquisador da área da cultura digital, incluindo Inteligência Artificial. Para ele, ainda que tenhamos um século pela frente, sendo impossível estimar todas as transformações, algumas das projeções da IA tendem a virar ou estar próximas de uma realidade distante.
Bora embarcar nessa viagem?
Avenida Rio Branco
A Juiz de Fora de hoje e a Juiz de Fora daqui a 100 anos
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Segundo a inteligência artificial, a Avenida Rio Branco vai mudar bastante. A tendência é de que a avenida fique mais larga, ganhando novas faixas.
O que chama atenção, no entanto, são os prédios ao redor, que terão arquitetura verde, conhecida também como arquitetura sustentável ou eco-arquitetura, com muita vegetação nos projetos de construção. Eles também estarão mais distantes um dos outros.
O verde também estará presente nas muitas árvores plantadas próximo ao Parque Halfeld.
Campus da UFJF
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Embora a arquitetura do prédio da Reitoria e da Concha Acústica tenham sido parcialmente preservada, surgiram prédios bem mais altos e com visual totalmente diferente que, conforme a IA, serão construídos para melhor aproveitamento do solo, com jardins suspensos e passarelas conectando edifícios.
A foto também exibe veículos autônomos em um anel viário bastante modificado em relação ao que é atualmente.
Paço Municipal
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Um dos prédios mais conhecidos e icônicos da cidade deverá ser a arquitetura preservada, como solicitado à ferramenta. Uma melhoria, no entanto, poderá ser feita na cúpula, que poderá ganhar painéis translúcidos, gerando energia limpa sem afetar a estética.
Os prédios vizinhos terão recuo planejado, com maior afastamento, criando respiro visual. Já a Rio Branco aparece com placas digitais indicando rotas automatizadas ou exclusivas para carros sustentáveis, em meio a calçadas mais amplas e arborizadas.
Rio Paraibuna
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O Rio Paraibuna, visto da Ponte de Santa Terezinha, em direção ao Manoel Honório, terá uma margem completamente diferente em 2125, com muitas árvores ao redor e prédios em formas aerodinâmicas.
Segundo a IA, as estruturas seguem a lógica do “design por desempenho”, otimizadas por algoritmos que consideram vento, luz solar, temperatura e circulação de pessoas.
Outra mudança abrupta diz respeito ao transporte: os carros que atualmente circulam pelas duas margens, nas pistas da Avenida Brasil, sumiram. Por outro lado, surgiram os carros voadores.
BR-040
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A IA projeta uma rodovia ampliada e modernizada, com canteiro central verde com árvores, o que ajuda na redução de calor e poluição sonora. Também surgem barreiras acústicas e climáticas transparentes, que segundo a IA, servirão como proteções contra ruído e também contra chuva e vento.
Os veículos serão elétricos ou autônomos, com design aerodinâmico e minimalista. Percebe-se na paisagem a presença de torres de energia eólica, que poderão ser alternativa para energia limpa.
Linha férrea
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Segundo a inteligência artificial, o trem de carga da MRS, tão questionado por muitos, será híbrido, com passageiros e cargas leves compartilhando a mesma ferrovia. A linha passará sobre um eixo suspenso, liberando o nível do solo para áreas verdes e vias de pedestres, segundo a IA.
Já os prédios ao fundo teão arquitetura paramétrica, com fachadas dinâmicas que se adaptam à luz e temperatura.
Projeções são possíveis? Urbanista avalia
Para Frederico Braida, arquiteto e urbanista, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pesquisador da área da cultura digital, incluindo Inteligência Artificial, algumas das projeções tendem a virar ou estar próximas de uma realidade em 2125.
“Não dá para projetar daqui a 100 anos com a cabeça de hoje. Mas, do ponto de vida de qualidade de vida, acho que faz sentido pensar em uma cidade mais arejada, com espaços públicos mais abertos, onde as pessoas usufruem o tempo no espaço público. Acho também que a perspectiva do verde é uma necessidade de retomada à natureza e tende a tornar realidade”, avaliou.
“Se durante anos da nossa história, a gente negou as águas urbanas, poluindo os rios ou fechando canais, teremos como tendência uma cidade mais ecológica, sustentável de valorização de atividades ao ar livre”.
O urbanista também crê na redução dos combustíveis fósseis, com troca deles para veículos elétricos ou fotovoltaicos. Ele acredita que trem, tão discutido no dia a dia juiz-forano, por cortar a cidade, deva deixar de existir nos moldes que é atualmente.
“Acho que o sentido é algo como Nova York, que tirou o trem e criou um parque. Pode ser feito assim aqui também. Ou então um VLT. Não acredito que daqui a 100 anos ainda tenhamos um trem a carvão passando pela cidade”.
Braida não crê no domínio absoluto dos drones, mas, por outro lado, dá como certo o desaparecimento dos fios. “Eles devem ser enterrados ou a tecnologia wireless deve predominar, subindo com essas redes. ”
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