Testemunha da morte de Professor, amante diz que traficante lhe apontou a arma antes de morrer


A TV Globo teve acesso ao depoimento da mulher com quem Fhillip da Silva Gregório tinha um caso extraconjugal. Traficante que fornecia armas para o Comando Vermelho morre baleado
O traficante Fhillip da Silva Gregório, o Professor, estava com uma amante quando morreu, na noite deste domingo (1º), no Complexo do Alemão. O g1 teve acesso ao depoimento dessa mulher (veja abaixo).
Para a polícia, a principal linha de investigação é que Professor tenha tirado a própria vida. Ainda de acordo com a apuração da TV Globo, o traficante estava em depressão e bebia muito, mesmo tomando remédios controlados.
Não havia operação policial na hora, nem registro de tiroteio. Fhillip morreu com 1 tiro na cabeça, na altura da têmpora direita.
Arma encontrada na casa de Professor e entregue às autoridades pela amante
Reprodução
O que disse a mulher
A amante, de 25 anos, afirmou em depoimento que estava com Professor havia 4 anos e teve com ele uma filha, hoje com 2 anos, mas já tinha manifestado a intenção de terminar o relacionamento.
A mulher contou que foi até a localidade da Área 5, no Alemão, após ser chamada por Professor, que queria conversar sobre o término e sobre uma possível reconciliação. Ele não estava no endereço quando ela chegou.
Um tempo depois, segundo a jovem, Professor chegou embriagado e passou a ofendê-la verbalmente, “chamando de ‘piranha’ e ‘p*ta’ e dizendo que ela ‘preferia dar e mamar pros caras’ a ficar com ele”.
Em dado momento, Professor quebrou o celular dela e, ainda bebendo, apareceu na sala com uma arma na cintura.
Diz o termo de declaração: “[A amante] alertou-o sobre o uso da arma, pedindo para não beber mais, pois sempre se descontrolava. [Professor] respondeu que daria um tiro no pé da declarante, chegando a apontar a arma nessa direção, mas recolocando-a na cintura após repreensão da declarante.”
A mulher afirma que, nesse momento, se ajoelhou diante dele e pediu “que a deixasse seguir sua vida”.
Em seguida, apontou a arma para a própria cabeça, dizendo: “Quer ver eu me matar por sua causa?”, e, após breve hesitação, disparou contra si, caindo no sofá.
A amante correu para pedir ajuda e foi abordada por pessoas armadas, que questionaram se havia sido ela quem atirou. Ela conta ainda que ficou “sob custódia” desses homens por algum tempo. Na sequência, entregou a arma às autoridades.
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