Viúva de homem que teve corpo cremado por engano não foi a velório porque estava internada com Covid-19


Corpo de José Orton Sathler foi enterrado em jazigo provisório e, ao fazer exumação para transferência de cemitério, família descobriu que ele havia sido trocado pelo cadáver de uma mulher. Família descobre que corpo de homem foi cremado por engano
A viúva do homem que teve o corpo cremado por engano não foi ao velório do marido, porque estava internada com Covid-19. José Orton Sathler morreu, em 2021, por complicações causadas pelo coronavírus.
Na época, a família sepultou o corpo dele num jazigo provisório do Bosque da Esperança, em Belo Horizonte. No entanto, na última sexta-feira (30), os parentes foram até o local acompanhar a exumação para que o cadáver fosse levado a outro cemitério, momento em que perceberam tratar-se da ossada de outra pessoa.
“Na semana passada, eu falei: ‘Graças a Deus, Deus vai ajudar, vai dar certo a exumação agora para tirar os ossos, trazer para cá.’ Eu ‘tô’ perto de ir, nós vamos ficar juntos de novo… Mas não deu ‘pra’ ser assim”, contou a viúva Margarida Sathler.”
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A família foi informada do erro após procurar a equipe funerária e saber que o corpo do idoso foi trocado pelo de uma mulher, que tinha uma placa metálica no fêmur e deveria ter sido cremada. Em nota enviada à imprensa, o Bosque da Esperança admitiu o erro e afirmou que demitiu os responsáveis pela troca.
“Meu pai virou fumaça, virou poeira. Acabou. O cemitério tem que ser responsável por isso. Isso é grave”, desabafou a filha do casal, Josiane Sathler.
A Polícia Civil de Minas Gerais disse que não vai abrir uma investigação criminal, pois a troca de corpos foi considerada um equívoco. De acordo com a instituição, só é configurado crime quando há intenção de desrespeitar os mortos, o que não ocorreu neste caso.
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José Orton Sathler morreu em abril de 2021, durante a pandemia de Covid-19.
Imagem cedida pela família
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