Quadrilha internacional que furtava caminhões no Brasil e levava veículos ao Paraguai é alvo de ação em SC e PR


Polícia catarinense aponta o grupo criminoso como o mais atuante e estruturado em Santa Catarina no furto de caminhões e semirreboques. Quadrilha internacional que furtava caminhões no Brasil e levava veículos ao Paraguai é alvo de ação em SC e PR
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil deflagrou uma operação nesta quarta-feira (4) em Santa Catarina e no Paraná contra um grupo apontado por furtar, adulterar e enviar caminhões-tratores e semirreboques ao Paraguai. Os veículos eram retirados de Santa Catarina e levados até o país vizinho.
Na operação, batizada de Cavalo Paraguaio, são cumpridos nove mandados de prisão e 11 de busca e apreensão As ordens são cumpridas em Sangão e Tubarão-SC, no Sul de Santa Catarina, e em Maringá e Santa Terezinha de Itaipu, no Paraná.
A polícia catarinense aponta o grupo criminoso como o mais atuante e estruturado em Santa Catarina no furto de caminhões e semirreboques. Dos quinze veículos que comprovadamente foram levados pela quadrilha, vários foram recuperados, inclusive no Paraguai. Conforme a investigação, a maioria deles já estava adulterada.
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Entre os integrantes investigados está um homem que foi preso em dezembro de 2024 levando um caminhão furtado de Santa Catarina ao país vizinho, mas que continuava coordenando os crimes. Conforme a Polícia Civil, o suspeito tem mais de 20 anos de histórico criminal e mais de 10 inquéritos policiais.
Outro investigado é um cidadão paraguaio, que possui uma ordem de captura internacional, incluída na Difusão Vermelha da Interpol.
Como crime funcionava
Criminosos faziam levantamentos dos veículos em pátios de oficinas mecânicas e postos de combustíveis;
Informações eram repassadas para os comparsas no Paraguai;
Comboios de motoristas e caminhões-tratores eram organizados para se deslocarem até o sul do estado para cometer os crimes;
Após desativarem os sistemas de segurança e monitorarem os alvos, os criminosos invadiam os pátios, acoplavam os caminhões aos semirreboques ou subtraíam os conjuntos completos;
Na sequência, seguiam viagem até o Paraguai.
Durante o percurso, substituíam as placas originais por placas paraguaias e realizavam constantes inspeções para detectar e remover eventuais rastreadores.
A operação é coordenada pelo delegado Diego Azevedo, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, e tem apoio das delegacias de Pescaria Brava, Sangão e Capivari de Baixo.
Nome da operação
O nome da operação faz referência ao modus operandi do grupo criminoso, já que os integrantes atravessavam a fronteira do Paraguai com caminhões-tratores (“cavalos mecânicos”) para buscar veículos furtados e adulterados em território catarinense, retornando posteriormente ao país vizinho com os bens subtraídos.
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