Alta de casos de síndrome respiratória acende alerta para baixa procura por vacina da gripe em Campinas; entenda


Índice de imunização para grupos prioritários está baixo. Doses estão disponíveis em todos os centros de saúde. Campinas (SP) registrou aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nos cinco primeiros meses de 2025, em comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a Secretaria de Saúde, entre janeiro e maio, foram 2,4 mil pacientes atendidos enquanto que, em 2024, o índice foi de 1 mil pessoas a menos. A Síndrome Respiratória Aguda Grave é causada por diferentes microrganismos, incluindo vírus, bactérias e fungos.
Entre os vírus, estão o Influenza, o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), e o SARS-CoV-2 (Covid-19). A proteção para os casos de SRAG é a vacina da gripe.
Entretanto, a baixa procura, especialmente dos grupos prioritários, preocupa a administração municipal. Entenda abaixo.
Vacinação contra a gripe em Campinas
Reprodução/EPTV
Salas vazias
A vacinação contra a gripe em Campinas começou em abril. Até esta quarta (4), 231,7 mil pessoas foram imunizadas. Deste total, 123 mil são do grupo prioritário.
😷 Veja abaixo o índice de vacinação de parte dos grupos:
Idosos: 100.830 doses (46,4% da população de 217.232 pessoas)
Crianças: 20.078 doses (28% da população de 71.633 pessoas)
Gestantes: 2.360 doses (25,6% da população de 9.194 pessoas)
A meta da Secretaria de Saúde é imunizar 90% de cada um dos três grupos que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação. No caso das crianças que recebem o imunizante pela primeira vez, é preciso tomar duas doses, com intervalo de 30 dias.
A vacina contra gripe está disponível em todos os Centros de Saúde (CSs) de Campinas. Não é preciso agendamento para receber, basta apresentar documento com foto e carteira de vacinação (se tiver). Neste ano, o imunizante protege contra as gripes A (H1N1 e H3N2) e B. A dose pode ser administrada junto com outras vacinas do Calendário de Vacinação.
“É importante que a gente garanta a imunização contra esses tipos que circulam mais e levam a população a adoecer, principalmente para idosos, crianças. É muito importante a gestante garantir a proteção para ela e para o bebê”, disse a coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli.
Grupos prioritários
– Idosos (60 anos ou mais)
– Crianças de 6 meses a 5 anos
– Gestantes
Puérperas
Pessoas com doenças crônicas
Povos indígenas
Quilombolas
Pessoas em situação de rua
Trabalhadores da saúde e da educação
Profissionais das forças de segurança e salvamento
Profissionais das Forças Armadas
Pessoas com deficiência permanente
Caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo
Trabalhadores portuários
Trabalhadores dos Correios
População e funcionários do sistema de privação de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Estes grupos incluem 494,3 mil pessoas, segundo estimativa atualizada pelo Ministério da Saúde em maio deste ano.
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