Pé sujo de lama, quedas e escuridão: pais e alunos pedem melhorias em percurso até escola de Vitória


Moradores dizem que o caminho é utilizado há cerca de 30 anos. Prefeitura afirma que um projeto que envolve aspectos de urbanismo, pavimentação, iluminação e está sendo desenvolvido. Crianças enfrentam lama e barro a caminho da escola no ES
Crianças das comunidades do Romão e Cruzamento, em Vitória, enfrentam um caminho com buracos e lama para conseguir estudar. Uma ladeira de terra de cerca de 500 metros é o principal acesso para os moradores da região até a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) José Áureo Monjardim.
Segundo os moradores, o caminho é utilizado há pelo menos 30 anos, e existem relatos de pais que já tiveram que enfrentar esse trajeto para estudar e, agora, veem os filhos passar pela mesma situação.
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Segundo eles, as condições do caminho pioram, principalmente, em períodos de chuva, como visto nesta semana. O barro vira lama, as crianças deslizam e aumentam as chances de acidentes.
Pé sujo de lama, quedas e escuridão: pais e alunos pedem melhorias em percurso até escola de Vitória, Espírito Santo.
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“A gente sai para trabalhar cedo, deixa a criança em casa para ir para a escola, aí a gente fica sabendo que ela sofreu um acidente, que caiu de joelhos, e a gente tem que voltar e vir na escola, é complicado”, avaliou a auxiliar de serviços gerais, Josy Oliveira, mãe de uma criança de 9 anos que, inclusive, já foi vítima de uma queda.
A mesma situação é relatada pela dona de casa Ester Pereira, mãe de três alunos da escola que passam diariamente pela ladeira.
“Quando sobe aqui, o pé fica desse jeito, todo enlameado, todo sujo, as canelas sujas, é desse jeito mesmo”, reforçou.
A outra opção de acesso à escola, passando pela Avenida Vitória, tem cerca de 3,5 km. Por isso, mesmo com o morro sendo bastante íngreme, ainda é a preferência dos pais para o trajeto dos filhos.
Pé sujo de lama, quedas e escuridão: pais e alunos pedem melhorias em percurso até escola de Vitória, Espírito Santo.
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Além do barro, os moradores reclamaram da escuridão que fica no local durante à noite.
“A gente que tem a criança, em primeiro lugar, tem que pedir a Deus para não acontecer nada no meio do mato, numa escuridão dessa aqui”, contou José Maria Fernandes, vice-presidente do bairro.
O representante da comunidade apontou que um trabalho paliativo foi feito nesta semana, mas que apenas uma obra vai resolver a situação. Segundo José Maria, além dos alunos da escola, moradores que querem atalhos para ir para outros bairros, como Fradinhos, também passam pelo caminho.
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A Prefeitura de Vitória informou que a via de acesso à EMEF José Áureo Monjardim era de propriedade privada e, atendendo a pedidos de 40 anos da comunidade local, desapropriou a área.
Um projeto, que envolve aspectos de engenharia, urbanismo, pavimentação, iluminação e estrutura, está sendo desenvolvido por uma empresa contratada. A central de serviços disse que já atua no local para promover melhorias no caminho dos estudantes à unidade de ensino.
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