Hospitais públicos infantis do AP enfrentam superlotação por casos de síndrome respiratória aguda grave


Dados divulgados pelo governo do estado mostram que o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) estão com 30 pacientes em leitos clínicos e 20 em tratamento intensivo. Leitos do Amapá estão 100% ocupados
Gabriel Maciel/Sesa
Dados divulgados pelo governo do Amapá nesta terça-feira (3) mostram que as unidades de terapia intensiva pediátricas do Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e do Pronto Atendimento Infantil (PAI) registraram ocupação de 100% por paciente com síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
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As unidades de saúde registraram 30 pacientes em leitos clínicos e 20 em tratamento intensivo, segundo o levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Com isso, o Amapá está entre os 20 estados do Brasil com aumento de casos de SRAG. O elevado número de casos fez com que fosse decretada a situação de emergência em saúde pública, no dia 20 de maio.
Ainda na terça-feira (3), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte de Macapá registrou o aumento de 25% no atendimento aos pacientes com síndromes gripais, entre os meses de março e maio.
Leitos do HCA estão 100% ocupados
Divulgação/Sesa
No estado, a morte de três crianças foi confirmada. Um dos casos é de um menino de 4 meses, que já apresentava comorbidades, a morte aconteceu no dia 22 de maio.
Outro caso é de um bebê indígena, de 1 mês e 12 dias, a criança teria chegado de Óbidos (PA), em 25 de maio. As idades estão fora da cobertura vacinal contra a gripe.
O último caso de morte registrado foi de uma menina de 3 anos de idade no município de Santana. A criança estava com a vacina da influenza desatualizada, segundo informações do governo do estado.
Casos de síndrome respiratória aguda grave estão em alta em mais de 20 estados
Segundo o Superintendente de Vigilância em Saúde, Cássio Peterka, disse que o aumento de casos acontece devido à redução de temperatura durante o inverno amazônico, o que acaba facilitando a transmissão dos vírus respiratórios.
“Um momento onde a gente fica mais aglomerado em locais mais fechados com a chuva, não dá pra dizer que é frio, mas é uma redução de temperatura pra gente e a gente sente”, disse.
Cássio explicou ainda que a SVS trabalha com o monitoramento da circulação dos vírus no estado, contribuindo para melhorias no atendimento na rede pública.
“A gente tem uma rede sentinela que faz a coleta do material de algumas pessoas nos municípios e a gente tem um panorama de quais são os vírus circulando, com isso a gente consegue direcionar as ações e melhorar as situações de atendimento”, completou.
O superintendente contou ainda que a cobertura vacinal contra a gripe no Amapá é baixa e consiste em 59%, mas deveria ser superior a 90% para garantir proteção geral da população. No entanto, para outras síndromes respiratórias ainda não há cobertura vacinal.
“A vacina contra influenza está disponível e é segura e eficaz para prevenir a doença. O Programa Nacional de Imunização oferece vacinas gratuitamente pelo SUS. A importância da vacinação é destacada como uma medida para prevenir a gripe e suas complicações, como a síndrome respiratória aguda grave”, completou Peterka.
Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave aumentaram em 22 estados do país
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