
Vanderley Sabino Fortunato (PP) entrou com um pedido de licença de 90 dias e não vai receber o salário durante o período de afastamento. Vereador está preso na Unidade Prisional Evaristo de Moraes de Sena Madureira. Vanderley Sabino Fortunato (PP), conhecido como Piqueno Fortunato, é vereador em Manoel Urbano
Reprodução/Instagram
Preso por estupro de vulnerável, violência psicológica e perseguição contra uma adolescente de 13 anos, o vereador de Manoel Urbano, interior do Acre, Vanderley Sabino Fortunato (PP), conhecido como Piqueno Fortunato, segue preso e foi afastado do cargo por 90 dias.
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O vereador entrou com um pedido de licença de 90 dias, a contar a partir de 1º de junho, ‘para fins de tratamento de assuntos interesse particular’. Segundo a assessoria jurídica da Câmara de Vereadores de Manoel Urbano, o vereador ficará sem salário durante o período de afastamento.
O afastamento foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa terça-feira (3). Na quarta (4), a suplente Maria Vasconcelos (União Progressistas) assumiu o cargo de Fortunato.
O vereador está preso preventivamente na Unidade Prisional Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, interior do Acre.
Preso ao depor
Piqueno Fortunato foi o segundo vereador mais votado de Manoel Urbano, com 7,49% dos votos válidos, o equivalente a 507 votos. Veja os resultados das Eleições 2024 aqui.
Conforme a polícia, a vítima procurou a polícia para relatar os abusos no dia 22 de maio junto à mãe. No dia seguinte, o parlamentar foi intimado e prestou depoimento. Ainda na delegacia, teve a prisão em flagrante decretada.
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A vítima, que é amiga de uma filha de Fortunato, relatou que era perseguida e intimidada por ele. A situação evoluiu para a tentativa de estupro, segundo a vítima, quando ele tentou tocá-la no dia 22 de maio.
“A situação passou do limite, tendo tentado, supostamente, passar a mão nas suas partes íntimas e impedi-la à força. Por isso, ela compareceu à delegacia, juntamente com a mãe, e relatou o fato à autoridade policial”, explicou o delegado Thiago Parente na época.
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O g1 entrou em contato com o secretário geral do Progressistas no Acre, Lívio Veras, e com a defesa do suspeito para ter um posicionamento sobre as acusações e aguarda retorno.
A PM disponibiliza os seguintes números para que vítimas peçam ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar casos de violência:
Polícia Militar – 190: quando a vítima está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Secretaria de Estado da Mulher (Semulher): recebe denúncias de violações de direitos da mulher no Acre. Telefone: (68) 99930-0420. Endereço: Travessa João XXIII, 1137, Village Wilde Maciel.
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
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