
Roney Nemer foi condenado por improbidade administrativa, após operação revelar que ele recebia um valor mensal em troca de apoio ao ex-governador José Roberto Arruda. Penalidades de sua condenação incluem perda de bens e suspensão dos direitos políticos. Roney Nemer em sessão na Câmara dos Deputados.
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) decidiu manter a condenação de Roney Nemer, ex-deputado distrital envolvido na Operação Caixa de Pandora. A decisão, divulgada na segunda-feira (16), foi unânime.
Roney Nemer foi condenado por improbidade administrativa, em 2013, após a operação revelar que ele recebia um valor mensal em troca de apoio ao ex-governador José Roberto Arruda. O g1 não localizou a defesa de Nemer.
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As penalidades de sua condenação incluem:
perda de bens;
suspensão dos direitos políticos por oito anos;
pagamento de multa e indenização por danos morais coletivos.
🔎 Improbidade administrativa: ato ilegal ou contrário aos princípios da Administração Pública, cometido por agente público durante o exercício de sua função.
Operação Caixa de Pandora
Bom Dia DF – operação Caixa de Pandora
O escândalo que ficou conhecido como Caixa de Pandora, ou mensalão do DEM, envolvia a compra de apoio de deputados distritais na Câmara Legislativa do DF (CLDF) pelo governo José Roberto Arruda, em 2009.
Naquele ano, a TV Globo revelou imagens do ex-governador José Roberto Arruda recebendo uma sacola com R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa – que era secretário de Relações Institucionais do governo e, depois, se transformou no delator do esquema.
O vídeo foi gravado em 2006, e deu origem às investigações. À época, Arruda informou que o dinheiro era uma doação para a compra de panetones que seriam entregues para famílias carentes de Brasília.
O ex-governador chegou a apresentar quatro recibos, declarando o recebimento do dinheiro “para pequenas lembranças e nossa campanha de Natal”, de 2004 a 2007.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Arruda forjou e imprimiu os quatro documentos no mesmo dia, na residência oficial do GDF, em Águas Claras. Em seguida, os papéis foram rubricados por Durval Barbosa. A impressora foi apreendida pela Polícia Federal, em 2010, e uma perícia comprovou a fraude.
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