Luiz Fernando Corrêa foi indiciado no inquérito que investiga o uso da agência pelo governo Bolsonaro para espionar adversários. Para a PF, a atual cúpula agiu para obstruir investigações. Abin disse que não se manifestará. Jair Bolsonaro é indiciado pela PF no inquérito da Abin paralela
Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pediram a exoneração do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa após ele ser indiciado no inquérito da Polícia Federal que investiga o uso da agência para espionar adversários políticos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em carta divulgada nesta terça-feira (17), a União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) afirma que, para os servidores, “é absurdo sequer cogitar a permanência da atual direção”.
“A Intelis manifesta sua indignação diante da permanência, no comando do órgão central do SISBIN, de pessoas acusadas de obstrução de justiça, mesmo após o encerramento do inquérito da chamada ‘Abin paralela’ e o indiciamento de toda a atual cúpula da Agência – incluindo o atual corregedor”, disse
Corrêa, que é delegado da Polícia Federal e comanda a Abin na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já não era bem-visto pelos servidores que, em abril, já planejavam pedir a cabeça de Corrêa.
Na ocasião, a mobilização também foi liderada pela Intelis, que acusava Corrêa de não defender a agência, não preparar um sucessor da carreira e de não conseguir dinheiro para os trabalhos do órgão.
PF indicia Corrêa, Bolsonaro e outros
Nesta terça, a PF concluiu a investigação sobre o suposto esquema de espionagem montado na Abin durante o governo Bolsonaro.
Além de Corrêa, o relatório final pede o indiciamento do ex-presidente, do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho dele, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que chefiou a Abin na administração anterior e integrantes da agência no governo Lula (PT), por obstrução de justiça.
Ao todo, 35 pessoas foram indiciadas.
As investigações indicaram que policiais, servidores e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores durante a gestão Bolsonaro.
Entre os alvos da espionagem estavam jornalistas e autoridades do Legislativo, Executivo e Judiciário —como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) também teriam sido espionados
Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) pediram a exoneração do diretor-geral Luiz Fernando Corrêa após ele ser indiciado no inquérito da Polícia Federal que investiga o uso da agência para espionar adversários políticos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
Em carta divulgada nesta terça-feira (17), a União dos Profissionais de Inteligência de Estado (Intelis) afirma que, para os servidores, “é absurdo sequer cogitar a permanência da atual direção”.
“A Intelis manifesta sua indignação diante da permanência, no comando do órgão central do SISBIN, de pessoas acusadas de obstrução de justiça, mesmo após o encerramento do inquérito da chamada ‘Abin paralela’ e o indiciamento de toda a atual cúpula da Agência – incluindo o atual corregedor”, disse
Corrêa, que é delegado da Polícia Federal e comanda a Abin na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já não era bem-visto pelos servidores que, em abril, já planejavam pedir a cabeça de Corrêa.
Na ocasião, a mobilização também foi liderada pela Intelis, que acusava Corrêa de não defender a agência, não preparar um sucessor da carreira e de não conseguir dinheiro para os trabalhos do órgão.
PF indicia Corrêa, Bolsonaro e outros
Nesta terça, a PF concluiu a investigação sobre o suposto esquema de espionagem montado na Abin durante o governo Bolsonaro.
Além de Corrêa, o relatório final pede o indiciamento do ex-presidente, do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho dele, do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que chefiou a Abin na administração anterior e integrantes da agência no governo Lula (PT), por obstrução de justiça.
Ao todo, 35 pessoas foram indiciadas.
As investigações indicaram que policiais, servidores e funcionários da Abin formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades públicas, invadindo celulares e computadores durante a gestão Bolsonaro.
Entre os alvos da espionagem estavam jornalistas e autoridades do Legislativo, Executivo e Judiciário —como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia, e o senador Renan Calheiros (MDB-AL) também teriam sido espionados