Ex-ministro chefe da Casa Civil fez uma avaliação do PT e da esquerda no Brasil e falou sobre como o partido se planeja para as eleições de 2026 e de 2030. ‘O sucessor de Lula é o PT, diz José Dirceu
O ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu disse em entrevista ao Estudio i nesta terça-feira (17) que o sucessor do presidente Lula é o PT.
“O sucessor de Lula é o PT”, disse.
Para Dirceu, se não houver força no partido, não adianta ter candidato e que partido precisa se reconstruir.
“Por exemplo, a gente começou a usar esse termo de ‘reconstruir o PT’. Nós temos o Fernando Haddad, que é ministro da Fazenda, tem o Álvaro Costa na Casa Civil, tem o Camilo Santana, tem o Jacques Wagner. Nós temos outros nomes no PT. E surgiram outros para [as eleições de] 2030, para 2026 o Lula é candidatíssimo. Eventualmente, nós temos um ano e meio de governo pra resolver todas essas questões, enfrentar essas questões, procurar avançar essas questões”, afirmou.
Dirceu afirmou que “a base do PT, como organização partidária, se desorganizou” e que “as instâncias deixaram de funcionar muitas vezes”. Mas afirma que a esquerda não perdeu as eleições porque Lula voltou à presidência.
“A esquerda não errou porque, apesar de tudo o que aconteceu conosco entre 2013 e 2019, nós voltamos ao governo em 2022. Nós ganhamos cinco eleições. Agora, a esquerda se debilitou muito, saiu dos territórios, não conseguiu se empoderar nas redes sociais”, explicou.
“Consolidou-se no país uma maioria de centro, de direita, conservadora. E isso se soma a uma revolução cultural dos últimos 30 anos, com temas como diversidade, igualdade de gênero e liberdade da mulher.”
“Não, o PT, a base do PT não perdeu porque o PT deu resultado eleitoral, temos direitos da sociedade, e o PT se elegeu. O PT, como partido, organização partidária, se desorganizou, perdeu as instâncias, deixaram de funcionar muitas vezes, não conseguimos avançar na comunicação das regiões.”
“O discurso, muitas vezes, é de um Brasil que não existe mais”.
‘O PT se desorganizou’, diz José Dirceu
Para o ex-ministro, a direita foi acumulando forças desde 2014, e a esquerda teve que se defender. “Teve impeachment da Dilma, movimento Lula Livre, pandemia. Lula volta em 2022. Não foi uma vitória da esquerda, foi uma vitória do anti-bolsonarismo.”
Possibilidade de Lula x Tarcísio
Dirceu fez uma análise de um possível segundo turno das eleições presidenciais de 2026 em que Lula pode vir a enfrentar o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e afirmou que ele “não é imbatível”.
“Nós vamos ter que construir uma aliança para enfrentar [a direita]. Tudo indica que os partidos de direita não se uniram ainda e vão se unir ao bolsonarismo e para buscar um candidato único, se Bolsonaro assim o permitir, que seria o Tarcísio de Freitas. Essa aliança [com Bolsonaro] compromete muito a direita porque é uma aliança que tem Flávio Bolsonaro nos EUA, tem pedido de indulto e de anistia, uso da força trumpista”, afirmou.
“Será que eles vão vencer o Lula numa eleição dessa, sobre um futuro certo? O que nós vamos construir nos pr”
Sem conversar com Lula
Antes o braço direito do petista, Dirceu disse que há meses não conversa com Lula, mas que não precisa conversar com o presidente para saber o que pensa porque “se expressa semanalmente em artigos e entrevistas”.
O ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu disse em entrevista ao Estudio i nesta terça-feira (17) que o sucessor do presidente Lula é o PT.
“O sucessor de Lula é o PT”, disse.
Para Dirceu, se não houver força no partido, não adianta ter candidato e que partido precisa se reconstruir.
“Por exemplo, a gente começou a usar esse termo de ‘reconstruir o PT’. Nós temos o Fernando Haddad, que é ministro da Fazenda, tem o Álvaro Costa na Casa Civil, tem o Camilo Santana, tem o Jacques Wagner. Nós temos outros nomes no PT. E surgiram outros para [as eleições de] 2030, para 2026 o Lula é candidatíssimo. Eventualmente, nós temos um ano e meio de governo pra resolver todas essas questões, enfrentar essas questões, procurar avançar essas questões”, afirmou.
Dirceu afirmou que “a base do PT, como organização partidária, se desorganizou” e que “as instâncias deixaram de funcionar muitas vezes”. Mas afirma que a esquerda não perdeu as eleições porque Lula voltou à presidência.
“A esquerda não errou porque, apesar de tudo o que aconteceu conosco entre 2013 e 2019, nós voltamos ao governo em 2022. Nós ganhamos cinco eleições. Agora, a esquerda se debilitou muito, saiu dos territórios, não conseguiu se empoderar nas redes sociais”, explicou.
“Consolidou-se no país uma maioria de centro, de direita, conservadora. E isso se soma a uma revolução cultural dos últimos 30 anos, com temas como diversidade, igualdade de gênero e liberdade da mulher.”
“Não, o PT, a base do PT não perdeu porque o PT deu resultado eleitoral, temos direitos da sociedade, e o PT se elegeu. O PT, como partido, organização partidária, se desorganizou, perdeu as instâncias, deixaram de funcionar muitas vezes, não conseguimos avançar na comunicação das regiões.”
“O discurso, muitas vezes, é de um Brasil que não existe mais”.
‘O PT se desorganizou’, diz José Dirceu
Para o ex-ministro, a direita foi acumulando forças desde 2014, e a esquerda teve que se defender. “Teve impeachment da Dilma, movimento Lula Livre, pandemia. Lula volta em 2022. Não foi uma vitória da esquerda, foi uma vitória do anti-bolsonarismo.”
Possibilidade de Lula x Tarcísio
Dirceu fez uma análise de um possível segundo turno das eleições presidenciais de 2026 em que Lula pode vir a enfrentar o governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e afirmou que ele “não é imbatível”.
“Nós vamos ter que construir uma aliança para enfrentar [a direita]. Tudo indica que os partidos de direita não se uniram ainda e vão se unir ao bolsonarismo e para buscar um candidato único, se Bolsonaro assim o permitir, que seria o Tarcísio de Freitas. Essa aliança [com Bolsonaro] compromete muito a direita porque é uma aliança que tem Flávio Bolsonaro nos EUA, tem pedido de indulto e de anistia, uso da força trumpista”, afirmou.
“Será que eles vão vencer o Lula numa eleição dessa, sobre um futuro certo? O que nós vamos construir nos pr”
Sem conversar com Lula
Antes o braço direito do petista, Dirceu disse que há meses não conversa com Lula, mas que não precisa conversar com o presidente para saber o que pensa porque “se expressa semanalmente em artigos e entrevistas”.