
Deivson Estefano Freitas Lima, de 29 anos, pelos crimes de violência psicológica, ameaça, invasão de domicílio e descumprimento de medida protetiva de urgência Deivson Estefano Freitas Lima, de 29 anos, está preso
Arquivo pessoal
O mecânico Deivson Estefano Freitas Lima, de 29 anos, se tornou réu na Justiça pelos crimes de violência psicológica, ameaça, invasão de domicílio e descumprimento de medida protetiva de urgência, cometidos reiteradas vezes contra a ex-companheira, em Boa Vista. A vítima chegou a registrar 13 boletins de ocorrência contra ele. Ele está preso.
Somente entre os meses de março e maio de 2025, a vítima registrou 11 BOs. O acusado foi preso no dia 4 de junho, horas após o g1 publicar reportagem sobre o caso. A denúncia contra Deivson foi oferecida pelo Ministério Público de Roraima (MPRR).
A denúncia do MPRR cita que a vítima manteve um relacionamento com o denunciado por 10 anos, com quem teve dois filhos. A relação chegou ao fim há cerca de um ano, quando ela deixou a residência, alegando desgaste na convivência.
Após a separação, Deivson passou a demonstrar comportamentos de ciúmes e iniciou uma série de perseguições contra a vítima. A denúncia contra ele foi sustentada pela Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher.
Em um dos casos, o acusado, armado com uma faca, exigiu que a vítima retirasse as acusações feitas contra ele a delegacia. Em outra ocasião, a vítima precisou se abrigar na Casa da Mulher Brasileira, acompanhada de seus dois filhos menores, para ficar sob proteção.
Deivson também cometia as ameaças por meio de mensagens e transferências via Pix. Ele enviava valores de R$ 0,01 acompanhados de mensagens intimidatórias à vítima, segundo o MPRR.
Em razão dos crimes, o Ministério Público de Roraima (MPRR) requereu, em maio, a prisão de Deivson, que permaneceu foragido até ser capturado no último dia 06 de junho, após uma denúncia anônima. Atualmente, ele está detido na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.
O Promotor de Justiça, Valmir Costa, autor da denúncia, explica que o denunciado já possui condenação criminal por episódios anteriores de violência contra a mesma vítima. Além disso, existem duas Medidas Protetivas de Urgência em vigor que evidenciam um padrão delitivo reiterado e completo desrespeito às decisões judiciais.
“Agora, o Ministério Público apresenta novos fatos, igualmente graves, registrados em diversos boletins de ocorrência, que demonstram a continuidade das condutas violentas e a constante exposição da vítima a situações de risco. Por isso, é imprescindível a adoção de medidas enérgicas por parte do sistema de justiça, a fim de resguardar sua integridade física e psicológica”, concluiu o Promotor de Justiça.