
Partida aconteceu neste sábado em Pequim. Alguns robôs caíram durante o jogo e foram retirados do campo em macas. China faz primeiro campeonato de futebol entre robôs humanoides
AP Photo/Ng Han Guan
A China realizou neste sábado (28) o seu primeiro campeonato de futebol entre robôs humanoides, chamado de Liga Mundial de Futebol de Robôs, a RoBoLeague.
As partidas foram realizadas em Pequim e reuniram quatro equipes, cada uma composta por três robôs jogadores.
Apesar de terem sido projetados para se levantar sozinhos após uma queda, alguns robôs caíram durante a partida e tiveram que ser retirados do campo em macas pela “equipe médica”, o que acabou dando um toque de realismo ao campeonato, descreveu a agência de notícias Associated Press.
Após os ajustes necessários, os robôs retornaram à partida.
Durante a partida, alguns robôs caíram e precisaram ser retirados do campo.
AP Photo/Ng Han Guan
Robôs autônomos
Enquanto a seleção masculina de futebol da China não tem gerado muita empolgação nos últimos anos, os times de robôs humanóides conquistaram o público chinês — mais pela tecnologia de inteligência artificial (IA) envolvida do que por qualquer habilidade atlética demonstrada.
Segundo os organizadores, um dos aspectos centrais da partida foi que todos os robôs participantes operaram de forma totalmente autônoma, utilizando estratégias guiadas por IA, sem qualquer intervenção ou supervisão humana.
Equipados com sensores visuais avançados, os robôs conseguiam identificar a bola e se movimentar pelo campo com agilidade.
A China tem intensificado os esforços para desenvolver robôs humanoides movidos a IA usando competições esportivas como maratonas, boxe e futebol como ambientes de teste no mundo real.
Campeonato de futebol entre robôs humanoides aconteceu em Pequim, no dia 28 de junho de 2025.
AP Photo/Ng Han Guan
Partidas entre robôs e humanos?
Cheng Hao, fundador e CEO da Booster Robotics — empresa que forneceu os jogadores-robôs — afirmou que as competições esportivas são o campo de testes ideal para robôs humanoides, ajudando a acelerar o desenvolvimento tanto de algoritmos quanto de sistemas integrados de hardware e software.
Ele também destacou a segurança como uma preocupação central na aplicação de robôs humanoides.
“No futuro, talvez organizemos partidas entre robôs e humanos. Isso significa que precisamos garantir que os robôs sejam completamente seguros”, disse Cheng.
“Por exemplo, um robô e um humano poderiam disputar uma partida em que vencer não seja o objetivo principal, mas que envolva interações reais de ataque e defesa. Isso ajudaria o público a confiar mais e entender que os robôs são seguros.”
Menino torce para time de robôs humanoides durante campeonato na China.
AP Photo/Ng Han Guan
A Booster Robotics forneceu o hardware para os quatro times universitários, enquanto as equipes de pesquisa de cada universidade desenvolveram e integraram seus próprios algoritmos para percepção, tomada de decisões, formação dos jogadores e estratégias de passe — considerando variáveis como velocidade, força e direção, segundo Cheng.
Na final, o time THU Robotics, da Universidade Tsinghua, venceu a equipe Mountain Sea, da Universidade Agrícola da China, por 5 a 3 e ficou com o título.
O Sr. Wu, torcedor da Tsinghua, comemorou a vitória enquanto também elogiava a competição.
“Eles (THU) foram muito bem”, disse. “Mas o time Mountain Sea (da Universidade Agrícola) também impressionou. Trouxeram muitas surpresas.”
A seleção masculina da China participou de apenas uma Copa do Mundo e já está eliminada da competição do ano que vem, que será realizada no Canadá, México e Estados Unidos.
O primeiro torneio de kickboxing entre robôs do mundo