
Segundo o DER 11, novos equipamentos vão operar no trecho de Suzano. Nesta fase não haverá autuações. A ausência dos aparelhos preocupava motoristas e pedestres que usam a rodovia. Rodovia Índio Tibiriçá recebe novos radares
Na Rodovia Índio Tibiriçá (SP-31), em Suzano, 11 novos radares estão em fase de testes. A informação é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
A ausência dos aparelhos preocupava motoristas e pedestres que usam a rodovia.
No total, seis acidentes foram registrados na rodovia de janeiro a maio de 2025, segundo os dados do Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo (Infosiga). Os números de junho serão divulgados apenas no fim de julho.
De acordo com o DER, os novos equipamentos estão em teste desde 1º de junho e têm um prazo de 45 dias.
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Na sequência, ocorre o processo de homologação que pode levar mais 60 dias antes do início da operação efetiva. Durante todo esse processo, não haverá autuações.
Os 11 radares estão espalhados em diversos trechos da rodovia no município. As localizações previstas dos equipamentos são:
km 54,95
km 56,19
km 57,09
km 58,05
km 58,75
km 60,10
km 63,30
km 64,35
km 65,70
km 66,20
km 67,50
O DER recomenda que os motoristas respeitem a velocidade estipulada na via. O departamento não deu uma estimativa de quando os aparelhos começarão a funcionar.
O departamento informou ainda que concluiu 255 radares nas rodovias não concedidas no Estado. Outros 394 estão em fase de implantação.
De acordo com o departamento, em alguns casos, os prazos precisaram ser estendidos a pedido das empresas responsáveis pela execução, conforme previsto contratualmente por motivos técnicos e logísticos.
Além disso, a autarquia explicou que os pontos poderiam sofrer alterações por conta dos estudos realizados no trecho, bem como as concessões de rodovia.
Radares na Rodovia Índio Tibiriçá, em Suzano
Alessandro Batata/TV Diário
Medo e perigo
A ausência dos aparelhos virou motivo de preocupação de motoristas e pedestres que acessam a rodovia, especialmente, depois da morte de um idoso, de 87 anos, que foi atropelado em maio e de uma batida entre dois veículos que deixou seis feridos no dia 13 de junho.
A empresária Erica Machado, de 41 anos, trabalha no distrito de Palmeiras, que é cortado por boa parte da Índio Tibiriça.
Ela avaliou que a instalação é necessária, mas a falta de consciência dos motoristas é o principal problema. “Acho necessária, porém não na quantidade exagerada que eles estão colocando”, opinou.
Ela destacou ainda que a rodovia é perigosa e tem muitos acidentes com ciclistas e pedestres. “Não é somente os radares, mas a consciência dos motoristas é importante para evitar acidentes. Muita imprudência no trânsito, motoristas e motociclistas despreparados.”
Regiane Costa, de 48 anos, é moradora do Jardim Planalto, também em Palmeiras. O trecho onde fica o bairro recebeu um equipamento. Ela acredita que os novos radares servirão para amenizar as ocorrências.
“O trecho entre o Baruel e o Planalto é muito perigoso, tem muitas curvas. Aconteceu vários acidentes ali. É uma forma de controlar. É uma rodovia perigosa, principalmente para crianças e idosos”, afirma.
A recepcionista Rafaela Aparecida da Silva, de 23 anos, diz ter presenciado diversas infrações de motoristas na rodovia. Ela mora no bairro Vila São Pedro, uma das localidades do distrito de Palmeiras situadas na beira da SP-31.
“Ando todos os dias por ela. Os motoristas não respeitam as placas de trânsito. Também deveriam fechar mais canteiros centrais na via. Evitaria muitas conversões irregulares”, finalizou.
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