
A inundação ocorreu no igarapé Woosa, na comunidade indígena Willimon. Medida foi publicada no Diário Oficial dos Municípios de Roraima, na edição desta quarta-feira (2), e vale até o dia 30 de setembro de 2025. Ação da Operação Inverno 2025 no município de Uiramutã, ao Norte de Roraima.
Secom Roraima/Divulgação
A prefeitura de Uiramutã, ao Norte de Roraima, decretou situação de emergência após um igarapé inundar e destruir parcialmente uma ponte usada para o escoamento da produção agrícola e o transporte de estudantes da região. A ponte atende a população de cerca de 29 comunidades, onde 7.237 pessoas vivem.
A inundação ocorreu no igarapé Woosa, localizado na vicinal Caracanã, na comunidade indígena Willimon. O decreto foi publicado no Diário Oficial dos Municípios de Roraima, na edição desta quarta-feira (2).
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Para decretar a medida, o prefeito Tuxaua Benisio (Rede) considerou danos provocados pela inundação, como a interrupção do tráfego na ponte, o risco à segurança da população e a dificuldade no abastecimento de alimentos e no transporte escolar. A medida é válida por 90 dias — até o dia 30 de setembro.
Ele ainda considerou um parecer emitido através de um relatório técnico expedido pela Defesa Civil Estadual e Municipal e pelo Departamento de Engenharia e Obras Públicas da prefeitura, que apontou a necessidade de construção urgente de uma nova ponte e recomendou o decreto.
O decreto também autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais para atuar na reconstrução da ponte e execução de outras medidas para garantir “a mobilidade e o acesso seguro da população”. A ação será coordenada pela Secretaria Municipal de Obras, Infraestrutura e Serviços Públicos.
Em nota, a Defesa Civil Estadual informou que monitora as regiões mais afetadas pelas chuvas de forma constante, por meio da Operação Inverno 2025. Em Uiramutã é realizado o suporte para trabalhos de recuperação de estradas e atendimento a áreas isoladas, em ações com a defesa local.
“Além de Uiramutã, os órgãos da Administração Estadual têm atendido às demandas de moradores dos municípios de Amajari, Cantá, Caroebe e São Luiz do Anauá, executando uma série de ações, como atividades de baldeação, retirada de galhadas em pontes, corte de árvores, remoção de fontes de perigo e apoio a comunidades isoladas”, ressaltou o órgão.
O monitoramento é realizado de forma conjunta entre o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Infraestrutura, a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social e a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima.
Localizado na tríplice fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana, Uiramutã é proporcionalmente a cidade mais indígena do país. O município é lar de 13.751 pessoas. Dessas, 13.283 são indígenas.
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