PM procurado por fazer segurança particular durante o expediente se entrega


Ele é o décimo preso na operação deflagrada pelo Ministério Público. PMS presos por segurança privada
Foi preso o décimo policial militar acusado de atuar como segurança privada ilegal durante o expediente — mediante um pagamento mensal —, na Baixada Fluminense.
O soldado Marcelo Ferreira Chagas da Silva se entregou um dia após a operação deflagrada pelo Ministério Público, que já prendeu dez dos onze PMs investigados.
De acordo com o MP, o grupo atuava em Belford Roxo, onde coagiu comerciantes, entre 2021 e 2024, a pagar mensalidades por um esquema de segurança particular. Os policiais utilizavam viaturas, armamento e até fardas da corporação para realizar a atividade criminosa.
Com a nova prisão, apenas um dos investigados segue foragido.
Os mandados de prisão foram expedidos pela Auditoria da Justiça Militar e foram cumpridos em endereços em Belford Roxo, Nova Iguaçu, Maricá e nos bairros da Pavuna e Bento Ribeiro, na capital.
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Reprodução/TV Globo
Como era o esquema
Segundo o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp/MPRJ), os crimes ocorreram entre 2021 e 2024, período em que os policiais estavam lotados no 39º BPM (Belford Roxo) — alguns permaneceram na unidade.
Os comerciantes beneficiados pelo esquema eram informalmente chamados de “padrinhos”. Entre os estabelecimentos, estavam:
restaurantes;
lanchonetes;
mercados;
lojas;
postos de combustíveis;
depósitos;
farmácias;
clínicas;
universidades;
funerárias;
serviços de mototáxi e transporte alternativo;
feiras livres;
festas populares;
e até um posto do Detran em Belford Roxo.
MPRJ prende 8 PMs que faziam segurança privada durante o expediente
“Segundo as investigações do Gaesp, a oferta do serviço era contratada pelos comerciantes, com quem os PMs estabeleciam uma relação de dependência econômica, comprometendo os princípios da legalidade, moralidade e isonomia no acesso à segurança pública”, explicou o MPRJ.
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Procurada, a PM disse que a Corregedoria acompanha a ação do MP e que a corporação vem atuando contra todos os tipos de delitos cometidos por policiais militares e não compactua com possíveis desvios de conduta ou cometimento de crimes praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos.
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Reprodução/TV Globo
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