
O crime aconteceu em 5 de novembro e a vítima morreu em 11 de novembro de 2024. A discussão ocorreu na porta da casa do sargento, na Zona Sul da capital. Sargento da PMPI é baleado na cabeça durante briga com vizinho na Zona Sul de Teresina
Laísa Mendes
A Justiça do Piauí aceitou, na segunda-feira (7), denúncia do Ministério Público Estadual e tornou réu o soldado Raimundo Linhares da Silva, da Polícia Militar do Maranhão, pelo homicídio doloso qualificado, por motivo fútil, do sargento João de Deus Teixeira dos Santos, da Polícia Militar do Piauí.
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O sargento foi baleado na cabeça durante uma discussão com o soldado no dia 5 de novembro de 2024 e morreu após seis dias internada. A investigação, concluída pela Polícia Civil no dia 22 de maio deste ano, aponta que a briga iniciou depois que o réu estacionou o carro em frente à casa da vítima.
A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público e aceita pela juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina.
⚖️ O homicídio doloso qualificado por motivo fútil ocorre quando alguém mata outra pessoa com a intenção de matar (dolo) e por uma razão insignificante ou desproporcional, que demonstra frieza e desprezo pela vida.
Relembre o crime
A discussão entre os policiais militares ocorreu no bairro Parque Sul, na Zona Sul de Teresina, na porta da casa do sargento.
“O soldado estacionou o carro em frente à casa do sargento, que encostou o carro no dele. O Linhares foi tirar satisfação com o Teixeira e os dois começaram a brigar, hovue troca de tiros entre os dois em via pública”, contou o delegado Barêtta.
De acordo com o coordenador, João de Deus entrou em sua residência para pegar mais munições, enquanto Raimundo o esperou na calçada. Quando o policial do Piauí voltou, o policial do Maranhão atirou novamente e atingiu a cabeça da vítima.
Inicialmente, o sargento sobreviveu ao disparo e foi internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Contudo, seis dias depois, ele morreu devido aos ferimentos.
Raimundo se apresentou à polícia dias após a discussão e, em depoimento, afirmou que não conhecia João de Deus e atirou nele para se defender.
“Analisamos as imagens, a trajetória do projétil e o ângulo de inclinação. Agora, deixamos para o Ministério Público avaliar se houve legítima defesa a injusta agressão ou não”, completou Barêtta.
A investigação que indiciou o soldado foi conduzida pelo delegado Danúbio Dias, da 2ª Delegacia de Homicídios do DHPP. O inquérito foi enviado ao MP, que decidirá se oferece denúncia à Justiça para obter uma possível condenação.
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