Cúpula do Brics: Câmara do Rio aprova, em 1ª discussão, criação de feriado para 7 de julho


Proposta busca facilitar logística da cidade. Projeto de lei precisa ser analisado em 2ª sessão antes de ser enviado ao prefeito Eduardo Paes para sanção. Rio de Janeiro vai sediar a cúpula do BRICS em julho
A Câmara de Vereadores do Rio aprovou, em 1ª discussão, nesta terça-feira (8), o projeto de lei que cria um feriado no dia 7 de julho, durante a reunião de cúpula do Brics.
O projeto ainda precisa ser analisado numa 2ª sessão antes de ser enviado para sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD). A data ainda não foi definida.
O encontro da cúpula do Brics começa no dia anterior, mas como o 6 de julho cai num domingo, a proposta prevê feriado só naquela segunda-feira.
O projeto de lei que cria o feriado foi enviado por Paes no início de fevereiro.
De acordo com o texto, não seria considerado feriado para atividades como comércio de rua, hotéis, centros comerciais e shoppings, empresas jornalísticas, indústrias localizadas nas zonas Norte e Oeste da cidade, além de padarias.
Na justificativa do projeto, Paes lembra da operação do G20, no ano passado, quando também foram decretados feriados para facilitar a logística e a movimentação de delegações internacionais na cidade.
“A realização da Cúpula de Chefes de Estado demanda do Município o apoio às operações logísticas planejadas pelo Governo Federal, em coordenação com demais entes federativos, incluindo restrições à circulação geral, como o bloqueio de vias públicas, e realização de operações e treinamentos com órgãos de segurança e inteligência”, justifica.
Lula discursa em evento do Brics em Brasília
TVBrasilGov/Reprodução
Brics no Rio
A confirmação de que o Rio sediará a cúpula foi dada em fevereiro pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
O Brics é um grupo de cooperação internacional formado por países em desenvolvimento, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.
No dia 1º de janeiro, o Brasil assumiu a presidência do Brics até 31 de dezembro. Segundo a coordenadora-geral da presidência brasileira do Brics, ministra Paula Barboza, do Ministério das Relações Exteriores, os dois eixos da atuação do país, ao longo de 2025, são a reforma da governança global e a cooperação entre países do Sul Global.
Há duas categorias de participação no Brics: países membros e países parceiros. Para ser admitido como membro, os países interessados precisam cumprir os seguintes critérios: ter boas relações diplomáticas com todos os membros plenos, apoiar o multilateralismo, ser membro das Nações Unidas, não adotar sanções sem autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e assumir compromisso com a reforma da governança global. A manutenção do equilíbrio geográfico do bloco também é critério para novas admissões.
A modalidade de países parceiros foi criada em 2024, na Cúpula de Kazan, na Rússia. Nela, países são convidados a participar da Cúpula de Chanceleres e de Líderes do Brics, e podem estar presentes em outras reuniões se houver consenso entre os membros.
Atualmente, os parceiros são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Ao longo de 2024, mais de 30 países mostraram interesse em participar do Brics tanto na qualidade de membros como de parceiros.
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