Porto de São Sebastião pode receber primeira base offshore do estado de São Paulo


Instalação de estrutura permanente pode agilizar operações e reduzir custos na extração de petróleo. Porto de São Sebastião (SP)
Divulgação/Governo de SP
O Porto de São Sebastião pode receber a primeira base offshore do estado de São Paulo. A instalação da estrutura, usada para dar apoio às plataformas de petróleo que operam em alto-mar, pode agilizar e reduzir custo nas operações.
A medida está em fase de análise técnica pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística. O objetivo é apoiar a operação de extração na região paulista da Bacia de Santos, que abriga grandes reservas de petróleo e gás natural.
“Há a necessidade de uma base em São Paulo, pela proximidade e economia de custos logísticos. Qualquer distância menor (entre uma base e uma plataforma) é uma economia”, explicou Ernesto Sampaio, diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião, que administra o Porto de São Sebastião.
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Atualmente, as bacias estaduais são atendidas por bases do Rio de Janeiro, que são distantes e operam no limite de demanda.
“Algumas plataformas de extração de petróleo ficam a cerca de 300 quilômetros da costa, mas elas sempre precisam do envio de insumos, que saem das bases do Rio de Janeiro. Então isso gera um grande custo”, completou.
Ele explica que as bases offshore são essenciais para a operação de extração de petróleo no Brasil.
“A base offshore dá apoio às plataformas, com troca de tripulação, transporte de insumos, comida, água, material, aparatos. E também serve como manutenção.”
“Às vezes a operação para extração de petróleo tem algum problema, como em maquinário, e precisa ser paralisada, o que gera custos. Tendo uma base perto, nós conseguimos levar os insumos mais rápido para resolver o problema.”
“A base ficará dentro do porto, que atende as plataformas. Os navios de supply (navios especializados no transporte de suprimentos, equipamentos e materiais para outras marítimas) atracam no porto, são abastecidos e partem em direção às plataformas”, afirmou Sampaio.
Porto de São Sebastião deve ser ampliado após investimento
Próximos passos
O estudo analisado pela Semil foi feito por uma consultoria privada, que analisou aspectos como infraestrutura local, acesso, localização, riscos e custos de implantação e operação.
“Esse estudo ainda passa pelo Ministério de Portos e Aeroportos, é feita consulta pública e depois um leilão. Após o leilão, a empresa privada selecionada começa a implantação da base”, disse Ernesto.
A expectativa é que a implantação aconteça em um período de até três anos.
“A gente espera encurtar esse período. Normalmente nesses casos o que mais leva tempo é a definição do que fazer com uma área dentro de um porto, mas no nosso caso já está definido. A área não tem outra vocação. Ela é relativamente pequena e serve para atender os navios de supply.”
“Então deve ser uma operação mais rápida, fluida. Também já concluímos que o impacto ambiental é praticamente nulo. Por isso entendo que o processo tende a ser rápido”, conclui o diretor-presidente do Porto de São Sebastião.
Porto de São Sebastião
Divulgação/Semil
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