
Polícia identifica quadrilha que furtou R$ 1 milhão de joalheria em shopping de Boa Vista
Um dos suspeitos de furtar uma joalheria em um shopping de Boa Vista passou a madrugada escondido dentro do centro comercial. Ele integra uma quadrilha especializada no furto de joalherias dentro de shopping centers, que atua em diversos estados brasileiros e é alvo de investigação da Polícia Civil de Roraima.
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De acordo com as investigações, Haylan Maik de Sousa Araújo, de 26 anos, atuou diretamente no furto em Boa Vista, ocorrido na madrugada do dia 4 de maio de 2025. Ele entrou na joalheira após fazer um buraco no teto, furtou a loja e passou a noite no shopping. O suspeito saiu do local durante a manhã.
Após cometer o crime, Haylan trocou de roupa e deixou uma camiseta cinza no forro da loja. Câmeras de segurança flagraram ele e outro jovem, identificado como Willame Geovane Costa Silva, de 25 anos, circulando no local antes do furto à joalheria (veja no vídeo acima).
Investigações apontam que a quadrilha foi ao shopping várias vezes para fazer o monitoramento da área. No dia do crime, os dois suspeitos entraram no local juntos, mas apenas Haylan ficou durante a madrugada. Elas indicam ainda que Willame voltou ao shopping na manhã do dia 4 para buscar o comparsa.
O g1 tenta contato com a defesa dos investigados.
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Os suspeitos foram identificados pela polícia através de investigações realizadas a partir do último furto em Boa Vista, no shopping do bairo Cauamé, zona Oeste. Eles furtaram R$ 1 milhão em joias.
Localizada em um shopping do bairro Caúame, em Boa Vista, joalheria foi furtada em maio de 2025.
PCRR/Divylgação
O furto a joalheria localizada dentro do shopping em Boa Vista ocorreu durante a madrugada do dia 4 de maio de 2025, em um domingo. Na ocasião, os suspeitos desligaram o sistema de alarme e as câmeras de segurança.
Um dos suspeitos arrombou o cofre da loja e furtou as joias. Eles saíram do local na manhã do mesmo dia, se passando por clientes comuns do shopping.
As investigações apontaram que o grupo é “altamente especializado”, com atuação em diversos estados brasileiros. A polícia identificou que os suspeitos também furtaram joalherias em shoppings no Distrito Federal, Goiás e Pará.
Imagens flagraram suspeitos dentro do shopping
Willame Geovane e Haylan Maik na entrada do shopping em Boa Vista.
Arquivo pessoal
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento em que Willame, vestido com uma camiseta marrom, passa pela entrada de pedestre do shopping. Ele é seguido por Haylan Maik, que está vestido com uma camiseta cinza e carrega uma mochila nas costas. Os dois não se falam no momento.
“Eles estudam a rotina do shopping, identificam câmeras de segurança, horários de menor movimento e possíveis vulnerabilidades. A escolha por joias ocorre pelo alto valor agregado, o que permite lucro expressivo com pouca quantidade de material subtraído”, explicou o delegado Matheus Fraga, responsável pelo inquérito policial sobre o caso.
Os suspeitos foram identificados pelo Departamento de Inteligência (Deint) da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), após análise das câmeras de segurança. Segundo as investigações, Haylan pagou uma corrida de aplicativo para o shopping usando um Pix associado a conta bancária da mãe dele.
Carro de aplicativo usado pelos suspeitos foi identificado pela polícia.
Arquivo pessoal
Com isso, os agentes rastrearam o motorista do carro e identificaram o endereço dos suspeitos. O grupo havia se hospedado em um hotel no bairro São Vicente, zona Sul de Boa Vista, onde arquitetaram o crime. Eles fugiram do estado antes da chegada da polícia ao local e não foram presos pelo crime.
As investigações ainda identificaram outros dois suspeitos, de 38 e 44 anos, que não tiveram os nomes divulgados. Um quinto envolvido, que ainda não teve a identidade confirmada, aparece em imagens de câmeras de segurança no momento do furto e também é investigado.
Nenhum dos suspeitos identificados até o momento é natural de Roraima. Willame Geovane, Haylan Maik e o outro suspeito de 44 anos residem em Santo Antônio do Descoberto (GO), estado onde também são suspeitos de cometer os crimes. O outro é natural de Manaus (AM).
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