
Cuidador foi preso no Jardim Floresta
PCRR/Divulgação
Um cuidador de um abrigo estadual, de 45 anos, foi preso nessa segunda-feira (21) por suspeita de assediar adolescentes acolhidos na instituição, localizada em Boa Vista. Ele é investigado pelos crimes de favorecimento à prostituição e assédio sexual.
O caso é investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Entre as vítimas foram identificadas quatro adolescentes, do sexo masculino, de 13, 14, 15 e 16 anos.
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Um dos adolescentes relatou ter sido violentado sexualmente após o cuidador oferecer dinheiro e bens. Outros dois afirmaram ter sido assediados por meio de toques indevidos e insinuações sexuais. Um quarto jovem disse ter sido alvo de piadas de conotação sexual feitas pelo suspeito dentro da instituição.
“Em um dos casos, o suspeito teria entregado a quantia de R$ 125 a uma das vítimas para que ela não relatasse os fatos ao coordenador do abrigo”, disse o delegado Matheus Rezende, responsável pelo caso.
O caso começou a ser investigado após denúncia feita pela própria Coordenação do abrigo estadual, que procurou imediatamente a Polícia Civil no dia 13 de julho, após os adolescentes relatarem os abusos sofridos.
A atuação imediata da instituição de acolhimento foi fundamental para que os fatos fossem denunciados e as medidas adotadas com urgência, segundo o delegado. Para ele, os depoimentos das vítimas indicam uma conduta recorrente por parte do suspeito, que se aproveitava da situação de extrema vulnerabilidade dos adolescentes acolhidos para cometer os crimes.
“Trata-se de um caso extremamente grave. O investigado ocupava uma função de confiança dentro da unidade e usava sua posição para se aproximar das vítimas. Relatos apontam que ele oferecia dinheiro, objetos e outras vantagens em troca de atos sexuais. Diante dos elementos obtidos durante as diligências, representamos pela prisão preventiva dele, como forma de garantir a ordem pública e resguardar a integridade física e psicológica das vítimas”, afirmou o delegado.
Diante dos relatos e provas levantadas contra ele, o delegado representou na Justiça pelo mandado de prisão, que foi deferida. O investigado foi preso no bairro Jardim Caranã, na zona Oeste de Boa Vista.
O homem foi conduzido à sede da Delegacia, onde teve o mandado de prisão formalizado e foi interrogado. Ao delegado, o homem negou todas as acusações. Ele foi encaminhado ainda pela manhã para a Audiência de Custódia.
“A denúncia é o primeiro passo para que possamos agir de forma rápida e firme, adotando providências tais como representar pelas medidas cautelares, evitando que crimes tão graves continuem sendo praticados. Casos como esse deixam marcas profundas e sequelas emocionais nas vítimas, por isso, cada denúncia pode salvar uma vida e prevenir novos abusos. Desta forma, é fundamental que a sociedade e, especialmente, as instituições de acolhimento procurem imediatamente a Polícia Civil ao tomarem conhecimento de situações como essa”, reforçou o delegado Matheus Rezende.
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