Tecnologia de ponta permite Matão alcançar 98% de eficiência no tratamento de esgoto


Divulgação CMS
O tratamento de esgoto é um dos maiores desafios da gestão urbana e Matão (SP) se destaca por ser uma das poucas cidades do país a contar com uma Estação de Tratamento de Esgoto que trata 100% do esgoto doméstico recebido, com eficiência superior a 98% na remoção de matéria poluidora.
O sistema é operado desde 2005 pela CMS – Companhia Matonense de Saneamento que, por meio de um processo biológico transforma o esgoto em água limpa e em seguida é encaminhada ao Rio São Lourenço acima dos padrões exigidos pela legislação ambiental.
“O que era esgoto vira água limpa com níveis de oxigênio acima da exigência legal, para ser lançada com segurança no Rio São Lourenço, conservando a biodiversidade do ecossistema da região”, afirma Lucas Brunaldi Tarallo, gerente geral da CMS.
Como o esgoto é tratado?
Tarallo explica que o processo começa com a chegada do esgoto à estação, transportado por uma rede de emissários. Na primeira etapa, grades automáticas retêm materiais sólidos como plásticos, vidros e metais, descartados de forma indevida na rede.
O esgoto é levado até a área de tratamento inicial por meio de um sistema de bombeamento onde ocorre a separação de materiais mais finos, como areia e gordura. O detrito sólido é descartado em aterros sanitários licenciados.
Em seguida, a parte líquida é conduzida a tanques onde ocorre o processo biológico: microrganismos consomem a matéria orgânica presente, formando uma biomassa.
“Esse processo acontece sem o uso de energia elétrica e reduz significativamente a matéria poluidora presente no esgoto”, explica Lucas.
Na fase seguinte, os tanques de oxigenação aceleram a decomposição dos resíduos orgânicos restantes. O líquido resultante passa por decantação e desinfecção, eliminando microrganismos causadores de doenças. Ao fim do ciclo, a água apresenta níveis de oxigenação acima do exigido por lei e é devolvida ao meio ambiente.

Divulgação: CMS
Uso sustentável de resíduos
Além do tratamento do esgoto, a CMS também reutiliza o lodo gerado no processo. A biomassa é transformada em um condicionador de solo orgânico, com registro no Ministério da Agricultura, que pode ser aplicado em áreas degradadas ou culturas específicas.
“É um aproveitamento integral do sistema. O lodo que seria descartado em aterros sanitários específicos vira condicionador de solo, distribuído gratuitamente para os produtores rurais previamente cadastrados”, diz Lucas.
A atuação da CMS é restrita ao esgoto doméstico, o tratamento e fornecimento de água na cidade são realizados por outra concessionária. Mesmo assim, o trabalho da companhia tem impacto direto na saúde pública e na preservação ambiental. A eficiência do sistema, acima de 98% na remoção de matéria poluidora, supera as exigências contratuais.

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Educação ambiental e expansão tecnológica
A CMS também desenvolve ações educativas. Programas como o “Projeto Nascente São Lourenço” promovem visitas monitoradas de estudantes à estação e atividades voltadas à educação ambiental.
“Muitas crianças e jovens já aprenderam, na prática, a importância do saneamento e de cuidar do meio ambiente”, afirma o gerente.
A estação de tratamento de Matão, em operação desde 2005, tem capacidade de atender até 110 mil habitantes e acumula certificações como ISO 9001 e ISO 14001 e adota sistemas automatizados, com monitoramento contínuo e análises diárias para garantir a eficiência da operação.
Segundo a CMS, o desafio dos próximos anos é manter o nível de excelência, trazer novas tecnologias sustentáveis e ampliar o diálogo com a população sobre a importância do saneamento e o uso consciente dos recursos naturais.
“Há 20 anos, a Companhia Matonense de Saneamento faz parte dessa da história de Matão, buscando equilíbrio entre tecnologia e o cuidado com meio ambiente para garantir mais qualidade de vida para a população”, resume Lucas.

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